sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dicas de Futebol (PS2)

Dicas de Futebol (PS2)

Meia lua ou Caneta
Utilidade: Um drible desconcertante.
Como faz: Segurar R1+R2 correndo normal e apertar 3 vezes L1
O que faz: Dá um toquezinho para a caneta ou meia lua.

Balãozinho
Utilidade: Deixa a marcação para trás.
Como faz: Parar com R2 e apertar para cima e para baixo no R3.
O que faz: Levanta a bola jogando ela por cima do jogador.

Pedalada
Utilidade: O adversário pode fazer falta e também não sabe se você vai passar, tocar, cruzar, chutar, dar elástico, etc.
Como faz: 2xL1
O que faz: Vai passando o pé sobre a bola sem tocar.

Pedalada Aleatória
Utilidade: Bom para driblar quando estiver encurralado na lateral.
Como faz: 2xL1/R2. Bem rápido parado e depois R1 antes de ele pedalar
O que faz: Diversos tipos de pedaladas combinadas com Caneta, Meia lua, Enganadas, entre outros.

Pedalada rápida
Utilidade: Protege a bola.
Como faz: 2xR2
O que faz: Dá uma pedalada rápida.

Pedaladinha parado
Utilidade: Chama a marcação.
Como faz: Pare e aperte 2xL1/R2
O que faz: Dá uma pedalada parado.

Mudar sentido durante pedalada
Utilidade: Elimina aquelas pedaladas que o jogador não para de fazer
Como faz: Enquanto estiver pedalando para mudar o sentido do jogador aperte R2+Lado desejado
O que faz: Muda o rumo da pedala.

Pedalada e adiantada 1
Utilidade: Engana a marcação que está vindo.
Como faz: Pedale normal e aperte corrida
O que faz: Dá algumas pedaladas e adianta.

Pedalada e adiantada 2
Utilidade: Engana a marcação que está vindo.
Como faz: 2 vezes R2 e aperte diagonal para frente mais corrida
O que faz: Dá uma pedalada rápida e adianta.

Puxadinha
Utilidade: Boa para escapar de carrinhos.
Como faz: Pare R2+Para trás
O que faz: Puxa a bola para trás.

Corta luz
Utilidade: Pode deixar um companheiro na cara do gol ou tirar a bola da marcação.
Como faz: Manter pressionado o botão de corrida ao receber a bola
O que faz: Deixa a bola passar entre as pernas.

Corta luz Recuperando a bola
Utilidade: Bom para receber certos lançamentos e passes.
Como faz: Segure R1 (botão de correr) para ele dar o corta luz e logo quando a bola passar Aperte e segure R2 para recuperar a bola.
O que faz: Dá um corta luza e recupera a bola, dependendo da posição que o passe ou lançamento for recebido fica muito massa.

Fingir chutar ou Cruzar
Utilidade: Engana o jogador adversário e os goleiros facilmente.
Como faz: Botão de cruzar/chutar+X
O que faz: Finge um chute ou um cruzamento.

Pedalada mais Elástico
Utilidade: O adversário dificilmente não faz falta ou vai seco.
Como faz: Aperte duas vezes L1 e depois que ele der algumas pedaladas, antes de terminar aperte outra vez L1 ou R2.
O que faz: Dá algumas pedaladas e depois um elástico.

Drible de Velocidade
Utilidade: Muito útil com jogadores velozes para deixar a marcação para trás.
Como faz: Correndo com a bola segure R1+R2 e mova o direcinal para a diagonal.
O que faz: Adianta a bola na frente e da um pique.

Balãozinho ao Receber
Como faz: Quando receber a bola na altura do peito ou dominar ela com o peito mova o direcional para a direção contrária.
O que faz: Dá um toquezinho dando um balão em si próprio.

Drible de corpo (Apenas alguns jogadores fazem isso, não pode estar correndo com L1 ou com o pé mal do jogador
Utilidade: Difícil execução.
Como faz: Aperte rapidamente Para cima+para direita ou Para baixo+para direita
O que faz: Finge em movimento que vai para o lado.

Ajeitata
Utilidade: Aumenta a precisão de chutes e cruzamentos.
Como faz: Parado aperte R1+L1
O que faz: Dá um toquinho na frente.

1-2
Utilidade: Muitas utilidades como uma tabela para deixar na cara do gol ou fazer um contra ataque fulminante.
Como faz: L1+X+X
O que faz: Dá um toque para um jogador e recebe de volta.

1-2 longo
Utilidade: O mesmo de cima.
Como faz: L1+X+Triângulo
O que faz: Dá um toque para um jogador e recebe adiantado.

1-2 aéreo
Utilidade: O mesmo de cima.
Como faz: L1+X+O
O que faz: Dá um toque para um jogador e recebe de volta no alto.

Pular Carrinho
Utilidade: Escapar de carrinhos.
Como faz: Quando o adversário der o carrinho aperte rapidamente R2
O que faz: Pula o Carrinho.

Super cancel
Utilidade: Interceptar toques, lançamentos, recuperar a posse de bola entre outros.
Como faz: R1+R2
O que faz: Controla o jogador sem a bola livremente.

Dribling (tem que ter Dribling Ability ativado)
Utilidade: Melhora o Estilo Futsal.
Como faz: Normalmente pelo direcional ou R2+De leve lado
O que faz: Andar no estilo futsal com mais controle e mais rápido.

Turn (apenas alguns jogadores como Henry, Giggs e C.Roanldo)
Utilidade: Vira para a direção oposta melhor ajudando na hora de driblar.
Como faz: R1+Direcional ao contrário ou meio diagonal da direção de onde você está indo.
O que faz: Dá um toquinho de calcanhar para trás deixando o jogador numa boa posição para passes, cruzamentos e chutes.

Combo – Puxadinha+Turn (Só jogadores que fazem o Turn)
Utilidade: Saída marcação da frente e de trás.
Como faz: Pare e segure R2 e aperte para trás para fazer a puxadinha depois que ele fizer rapidamente aperte R1+Diagonal para trás e para baixo ao mesmo tempo.
O que faz: Dá a Puxadinha e depois faz um Turn diferente do normal.

Chutes :

Chute colocado
Utilidade: Bom para chutes de curta distância.
Como faz: Aperte Quadrado e depois de encher a barrinha aperte e segure R2
O que faz: Chuta com o lado do pé.

Encobrida
Utilidade: No we9 aumentou a dificuldade mas se dominado é gol na certa.
Como faz:
- L1+Quadrado é melhor para encobrir de longe
- Quadrado+L1 é melhor para encobrir de perto
O que faz: Chuta fraco por cima do goleiro.

Chute no lado
Utilidade: Tira os jogadores e o goleiro adversário da jogada.
Como faz: Perto do goleiro aperte Quadrado e depois aperte e segure R1
O que faz: Chuta em meia altura no lado do goleiro.

Chute de Letra (Jogadores com menos de 4 de Weak shoot Freg ex: Recoba e Denilson)
Utilidade: A bola sempre pega curva.
Como faz: Chute normal mas numa posição ruim para o jogador pegar com o seu pé bom
O que faz: O famoso chute de letra

Midling Shoot (jogador com Midling shoot ability ex: Adriano e Lampard)
Utilidade: chute potente de distancia.
Como faz: Quando um jogador tiver com uma pequena distância da bola aperte Quadrado até metade da barrinha
O que faz: Chute potente.

Shoot-Cancel
Utilidade: Chute para cruzamentos aéreos de difícil recepção.
Como faz: Quando a bola estiver vindo aperte R1+R2, apenas aperte os dois juntos, e depois aperte quadrado para carregar a barrinha de chute.
O que faz: O jogador pode dar voleios, bicicletas, meia-bicicletas, se apoiar num pé e chutar no outro e chutar de primeira.
Cobrança de Falta :

Cobraça Forte
Utilidade: Cobranças de longe.
Como faz: Segure para frente+Quadrado
O que faz: Chute forte.

Cobrança por cima da barreira
Utilidade: Cobranças de perto.
Como faz: Segure para baixo+Quadrado
O que faz: Chuta por cima da barreira.

Cobrança por cima da barreira forte (Boa para não muito longe nem perto)
Utilidade: O mesmo de cima mas mais difícil de o goleiro pegar.
Como faz: Segure para baixo+Quadrado e depois de encher a barrinha aperte e segure Triângulo
O que faz: Chuta forte por cima da barreira.

Cobrança por cima da barreira franca (Boa para Curta distância)
Utilidade: Cobranças de perto mas o goleiro pega com mais facilidade.
Como faz: Segure para baixo+Quadrado e depois de encher a Barrinha aperte e segure X
O que faz: Chuta fraco por cima da barreira.

Cobrança Colocada
Utilidade: Cobrança de falta ideal para cobranças de média distância.
Como faz: R2+Quadrado
O que faz: Chuta colocado.

Cobrança rasteira (Curta distância)
Utilidade: Boa na chuva ou se passar por baixo da barreira
Como faz: Para baixo+O
O que faz: Chuta rasteiro.

Cobrança bem forte
Utilidade: Para cobranças de bastante distâcia.
Como faz: Vai apertando rapidamente Quadrado sem deixar a barrinha passar muito da metade
O que faz: Chute bem forte.

Cobrança com curva
Utilidade: Muitas vezes engana o goleiro.
Como faz: Mire para Direita/Esquerda+Quadrado e depois de encher a barrinha aperte para o lado Inverso ou para o lado que você quer a curva
O que faz: Chuta com curva.

Cobrança contrária (Boa para partida de dois jogadores)
Utilidade: Só para dois jogadores que é mesmo útil.
Como faz: Mire para Esquerda/Direita+Quadrado e depois de encher a barrinha aperte L1/R1 respectivamente para cobrar a falta do lado contrário
O que faz: Chuta para o lado contrário que você mirou.

Cobrar com segundo Jogador
Utilidade: Engana o goleiro.
Como faz: Segure L1+Quadrado
O que faz: Chuta com o segundo jogador.

Toque com segundo Jogador
Utilidade: Dependendo de como o primeiro cobrador bate melhora a cobrança.
Como faz: Segure L1+x e depois Chute
O que faz: O segundo jogador da um toque para o primeiro chutar.
(lembrando que para colocar o segundo jogador na falta, é só apertar e deixar apertado o R2)


Cruzamentos, Toques e Lançamentos :

Toque longo
Utilidade: Passar para um segundo jogador não marcado.
Como faz: Segure X ao passar.
O que faz: Passa para um jogador mais distante, ao invés do mais próximo.

Cruzamento de Meia Altura
Utilidade: Perfeito para cruzar na linha de fundo.
Como faz: 2xO
O que faz: Cruzamento de meia altura.

Cruzamento Rasteiro
Utilidade: Bom para cruzar nos contra ataques.
Como faz: 3xO
O que faz: Cruzamento rasteiro.

Virar o jogo ou Cruzar para o jogador mais a Frente
Utilidade: Pegar a defesa inimiga desprevenida.
Como faz: L1+O
O que faz: Cruza para o jogador do outro lado do campo ou para o mais avançado.

Lançamento em Profundidade
Utilidade: Lança em profundidade para o jogador.
Como faz: Segura Triângulo ao lançar
O que faz: Dá um lançamento mais a frente para o jogador.

Lançamento Alto
Utilidade: Bom para lançar para jogadores na frente para eles ganharem vantagem.
Como faz: L1+Triângulo
O que faz: Lança a bola a frente para o jogador receber em velocidade.

Movimentos com o Analógico R3:

Levantadinha
Utilidade: Escapar de carrinhos e ajeitar a bola para si ou companheiro.
Como faz: Em movimento Para cima e Para baixo no Analógico
O que faz: Dá uma levantadinha na Bola

Toque Manual
Utilidade: Contole manual dos passes o que permite errar menos passes e dar passes com perfeição.
Como faz: Apertar analógico apontado para a posição do passe
O que faz: Um toque controlado.

Cruzamento ou Lançamento Manual
Utilidade: Permite Cruzar ou Lançar com perfeição.
Como faz: L1+Apertar analógico apontado para direção desejada.
O que faz: Cruzamento ou Lançamento Manual.

Estratégia-Manual
Utilidade: Quatro estratégias pré-definidas para diferentes situações.
Como faz: Segura L2 e aperta Quadrado, X, O e Triângulo
O que faz: Tem diferentes efeitos dependendo da estratégia acionada.

Tornar jogador mais Ofensivo
Utilidade: Bom para ir controlando a ofensividade dos jogadores aos poucos.
Como faz: Aperte rapidamente L2+R1
O que faz: Torna o jogador mais ofensivo e fica demonstrado no guia ao lado do nome.

Tornar jogador mais Defensivo
Utilidade: Bom para ir controlando a defensividade dos jogadores aos poucos.
Como faz: Aperte rapidamente L2+L1
O que faz: Torna o jogador mais Defensivo e fica demonstrado no guia ao lado do nome.
Movimentos de defesa ( em a Bola) :

Chamar Segundo Jogador
Utilidade: Marcação em pressão.
Como faz: Segura Quadrado
O que faz: Chama segundo jogador para marcação.

Tirar Goleiro
Utilidade: Impedir que o atacante de um chute.
Como faz: Segura Triângulo
O que faz: Tira o goleiro.

Tirar Goleiro Manual
Utilidade: O goleiro fica sob o seu controle para você ir na bola
Como faz: Triângulo + L1
O que faz: Tira o goleiro e deixa ele sobre seu comando

Carrinho
Utilidade: Roubar bola, impedir chutes e cruzamentos e impedir que a bola sai, mas causa muitas faltas.
Como faz: O
O que faz: Dá um carrinho.

Roubo Automático
Utilidade: Roubar a bola, pode causar faltas.
Como faz: Segurar X, com R1 ele vai correndo.
O que faz: O jogador vai automaticamente roubar a bola.

Roubo Manual
Utilidade: Rouba a bola sob controle, causa menos faltas.
Como faz: Apenas se movimente sem apertar X, utilizando R1 ele vai correndo
O que faz: Você controla o jogador para ele roubar a bola.

Jogo de corpo (Funciona na disputa com Você com a bola)
Utilidade: Tira o jogador adversário da disputa de bola.
Como faz: R1+R2
O que faz: O jogador usa o Corpo para roubar a bola ou continuara coma bola.

Defesa em Faltas :

Deixar barreira Parada
Utilidade: Deixa a barreira parada para cobranças rasteiras.
Como faz: Segura X
O que faz: A barreira fica parada.

Adiantar barreira
Utilidade: Impedir cobranças de Perto.
Como faz: Segura O
O que faz: Alguns jogadores da Barreira se adiantam.

Fazer barreira Pular
Utilidade: Impede que a bola passe por cima da barreira.
Como faz: Segura Quadrado
O que faz: A barreira Pula.

Aves extintas


Dodô


Pato-de-cabeça-rosa


Porzana palmeri.


Arau-gigante


Pombo-passageiro


Arara-vermelha-de-cuba


Sceloglaux albifacies


Rhodacanthus palmeri


Xenicus lyalli


Huia-de-Buller

Moho bishopi
Moho bishopi


Esqueleto de Aepyornis
Esqueleto de Aepyornis


Uma águia-de-haast atacaum grupo de moas
Uma águia-de-haast ataca
um grupo de moas


Avestruz-árabe numa ilustração do Livro dos Animais de al-Jahiz, Síria, século XIV
Avestruz-árabe

Polyborus lutosus.jpg
Caracara-de-guadalupe

ExtbPallusCormorantovw.jpg
Cormorão-de-lunetas

Xenicus lyalli
Cotovia-da-ilha-stephen

Lesp1.jpg
Painho-de-guadalupe


Passaros

PERIQUITO AUSTRALIANO
O Periquito Australiano (Melopsittacus undulatus) foi descrito pela primeira vez em meados de 1700, no continente australiano, onde era conhecido pelos aborígenes (nativos da região) por betcherrygah que significa "boa comida". Atualmente figura na lista das aves mais populares do mundo.Levado para a Inglaterra por John Gould em 1840, esta pássaro logo se espalhou por toda a Europa, tornando-se grande sensação devido ao seu comportamento em cativeiro. É também chamado de Periquito Ondulado ou Periquito Zebrado. Sua fama chegou aos Estados Unidos em meados do século XIX. Esta fama quase os levou à extinção, devido à caça.De sua coloração original, verde claro com cabeça amarelada, originaram-se várias mutações selecionadas. Hoje podemos encontrar mais de 200 variações de cores a partir do verde, do amarelo, do azul, do cinza e do branco, em três tipos de tons: o claro, o normal e o escuro.Os ingleses fixaram uma mutação que ficou conhecida por Padrão Inglês, cujas principais diferenças são: cabeça mais volumosa, onde o bico fica escondido; tamanho do corpo maior; manchas pretas da garganta mais definidas. O tamanho médio do periquito australiano é de cerca de 17 cm, enquanto que o padrão inglês atinge 20 a 22 cm de comprimento. Os periquitos de maneira geral vivem em torno de 12 anos e, se forem ensinados desde cedo, são capazes de falar, como em alguns casos relatados, até 200 palavras. O aprendizado, porém, requer paciência e perseverança. Reprodução:Na grande maioria dos Periquitos Australianos, a diferença entre macho e fêmea é possível devido à coloração da "carúncula" ou "cera", nome este dado à saliência encontrada logo acima do bico. Nos machos ela é azulada, coloração que se torna mais intensa no período reprodutivo. Já nas fêmeas a carúncula é rósea e em alguns casos bege claro, tornando-se bem marrom, semelhante ao chocolate, no período reprodutivo. As fêmeas colocam até 6 ovos por vez, sendo que o período de incubação gira em torno de 18 dias. Cerca de 30 dias após a eclosão dos ovos, os filhotes já estão prontos para comerem sozinhos.Na natureza os Periquitos fazem seus ninhos em árvores de madeira macia, sem forração. Alguns criadores experientes aconselham a forração do ninho com serragem, sendo que esta, principalmente após a eclosão dos ovos, deve ser trocada por ficar muito suja. Manutenção:O tamanho mínimo de gaiola para um casal é de 70 cm x 30cm x 40 cm (comprimento x largura x altura), de preferência em arame galvanizado, por serem mais higiênicas e mais fáceis de serem limpas. Deve conter um ninho tipo caixa (11 cm x 11cm x 11 cm) com um fundo côncavo e uma porta que facilite a limpeza, além de um bebedouro, um comedouro e uma tigela para que possam tomar banho. A gaiola deve ser colocada em um local que não pegue correntes de vento, porém que não seja abafado e permita banhos de sol de pela manhã. A higiene é muito importante para a prevenção de doenças e para a manutenção do bem estar destes graciosos pássaros.
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colerinha



Nome Científico: Sporophila collaris.
Nome Comum: Pássaro-frade, Coleira-do-sertão.
Distribuição: Espírito Santo, Minas Gerais,Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
Habitat: Campos, campos de cultura,capinzais e brejos de vegetação alta.
Características: 12cm. de comprimento.Gorjear de andamento rápido, com poucas oscilaçõespara o agudo e o grave, misturado a chilreados,podendo imitar outras aves.
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Hábito alimentar
Granívoro.
Farinhada no.1
Fêmeas em reprodução: mistura de 50% de fubá grosso de milho e 50% de ração de codorna (postura).
Sementes
Diariamente: 55% de alpiste, 20% de painço amarelo, 10% de senha, 10% de níger e 5% de painço português.
Farinhada no.2
Para fêmeas com filhotes e pássaros na época de muda: mistura a base de ovo cozido, flocos de milho pré-cozidos e farelo de soja (submetido a processo industrial de tostagem).
Água
Filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo.
Poli-vitamínico
3 vezes por semana, no bebedouro.
Alimento vivo
Até 20 larvas do "besouro-de-amendoim" Palembus dermestoides/dia, por fêmea com filhotes.
Areia
Limpa, esterilizada, podendo ser fornecida junto com um complexo mineral.
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Período de reprodução
Primavera e verão.
Gaiola do reprodutor
29cm de comp. x 35cm de alt. x 25cm de larg.
Período de descanso
Outono e inverno.
Gaiola da matriz
58cm de comp. x 35cm de alt. x 25cm de larg., com divisória para separar a fêmea dos filhotes no momento certo.
Fêmeas e filhotes
Tanto as fêmeas quanto os jovens apresentam coloração parda.
Ninho
Tipo taça, feito em arame e bucha vegetal (Luffa cylindrica), com 5,5cm de diâmetro e 3,5cm de profundidade.
Maturidade sexual
10 meses.
Material p/ ninho
Fibra de sisal, fibra de côco e raíz de capim.
Incubação
2 a 4 posturas/temporada, 2 a 3 ovos/postura, 13 dias de incubação podendo ser separados da mãe aos 35-40 dias de idade.
Anel
No. 2.
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Nome Científico: Thraupis episcopus.
Nome Comum: Saí-açu, Sanhaço-da-amazônia.
Distribuição: Abundante no Amazônia, Belém e Maranhão.
Habitat: Vive na capoeira baixa, plantações, vegetação aberta e palmais.
Características: 16,5cm de comprimento.Seu canto é um chilreado alto, estridente.
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Hábito alimentar
Frugívoro.
Água
Filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo.
Frutas, legumes e verduras
Frutas: maçã, mamão, laranja, goiaba, caqui, banana e frutas de época. Legumes: cenoura ou beterraba. Verduras: escarola, serralha, couve.
Ração
Diariamente: ração peletizada comercial para sabiás. Alguns criadores fornecem ração para cães filhotes triturada, de maneira que se formem partículas de diversos tamanhos.
Mistura branca
Deve ser adicionada diariamente às frutas batidas no liquidificador, às quais darão sabor, corpo e consistência ao alimento a ser servido. A mistura deve ficar bem homogênia, e guardada em recipiente fechado: 4 partes de Neston, 3 partes de farinha láctea, 1 parte de levedo de cerveja, 1 parte de Dextrosol, 2 partes de Meritene sabor baunilha, 3 partes de leite em pó e 2 partes de aveia instantânea. Utiliza-se 1 colhere das de sopa bem cheias dessa mistura para cada 1/2 litro de frutas batidas.
Papa de frutas
Deve-se escolher 2 a 4 frutas ou legumes para serem processados no liquidificador com a mistura branca. A papa deve ter consistência bem firme, o que irá determinar a aceitação e a higiene das aves. O mel pode ser utilizado para melhorar a palatabilidade. Esta papa tem a duração aproximada de 5 horas sem azedar, sendo que jamais deverá ficar exposta ao sol. A papa deve ser servida logo pela manhã e retirada no início da tarde. No período da tarde ofereça frutas "in natura", que serão retiradas ao final do dia.
Alimento vivo
Oferecer cerca de 5 larvas para cada pássaro 3 vezes por semana, durante o ano todo. Até 30 larvas de Tenebrio molitor/dia por fêmea com filhotes.


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Período de reprodução
Primavera e verão.
Gaiola do reprodutor
80cm de comp. x 40cm de alt. x 40cm de larg.
Período de descanso
Outono e inverno.
Gaiola da matriz
80cm de comp. x 40cm de alt. x 40cm de larg.
Fêmeas e filhotes
Não apresentam dimorfismo sexual.
Ninho
Tipo taça, feito em arame e sisal, com 10cm de diâmetro e 6,5cm de profundidade.
Maturidade sexual
12 meses.
Material p/ ninho
Fibra de sisal, fibra de coco e raíz de capim.
Incubação
2 a 3 posturas por temporada, 2 a 3 ovos/postura, 13 dias de incubação, podendo os filhotes serem separados da mãe aos 35 dias de idade.
Anel
No. 5.

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Canários

Há mais de 5 séculos estes belos, coloridos e canoros pássaros, capazes de formar duetos e quartetos musicais, tem encantado milhares de pessoas no mundo todo.
São originários das Ilhas Canárias, localizadas na costa oeste da África, que curiosamente receberam este nome dos romanos não pelos Canários, mas devido aos cães ( canis em latim) de grande porte que ali habitavam. Acredita-se que os primeiros registros sobre Canários datem do ano 1402.
Muito utilizados pelos marinheiros como animal de estimação, os Canários conquistaram a Europa e o mundo rapidamente.
Antes da Revolução Industrial era comum a manutenção de Canários pelos artesões nas oficinas e lojas, como forma de entretenimento. Essa prática de manter os Canários no local de trabalho foi adotada também pelos mineiros de carvão, que os utilizavam como alarme, pois caso estes morressem dentro da mina era sinal de que havia vazamento de gás. Da época do descobrimento do Canário selvagem ( Serinus canarius ), de cor verde acinzentada, até os dias de hoje, muito se fez através das criações seletivas.
Atualmente existem 4 agrupamentos de raças de Canários: Canários silvestres, Canários de cor, Canários de canto e Canários de porte ou postura.
Dentre os Canários silvestres, encontramos no Brasil o Canário-da-terra, assim chamado em oposição aos Canários-do-reino, trazidos pela corte portuguesa quando aqui se instalaram.
Em relação aos Canários de cor, existem hoje mais de 300 cores catalogadas, sendo agrupadas em: cores melânicas preto-castanho, melânicas castanho, lipocrômicas, ágatas e Isabel.
Já entre os Canários de canto, destacam-se algumas raças como a Harzer , também conhecida por Harz ou Belga de origem alemã, a Malinolis , descendente de Canários belgas da região de Flandres (cidade de Malines) e o Timbrado Espanhol, criado na Espanha desde 1700.
Canários de porte ou postura recebem esta designação devido à forma do corpo e a posição que adquirem no poleiro. Os Canários de porte dividem-se em Ingleses ( Norwich e Yorkshire ) e Frisados (do Norte e do Sul). Reprodução: O ciclo de reprodução dos Canários, da postura dos ovos até a saída do ninho, dura em torno de 30 dias. Neste período é importante o mínimo de perturbações possíveis, para não interferir nos processos biológicos envolvidos. A sexagem dos indivíduos se faz por observação da região anal. A diferença entre machos e fêmeas também pode ser percebida pela diferença do canto. Apesar de algumas fêmeas cantarem, seu canto não tem a mesma intensidade ou o volume do canto dos machos. A fêmea coloca 5 ovos em média (um por dia, na parte da manhã). O macho e a fêmea revezam o choco e o período de incubação é de cerca de 15 dias. Manutenção: Existem vários tipos de gaiolas para Canários: gaiolas para Canários cantores, gaiolas para criação e voadeiras. Para a manutenção de Canários em casa, é interessante a opção de uma gaiola de no mínimo 60 cm de comprimento, 30 cm de largura e 40 cm de altura, com comedouro, bebedouro, uma banheira rasa (2,5 a 3 cm em média) e alguns poleiros. A limpeza é fundamental para a prevenção de doenças. Por isso, é interessante que a gaiola tenha uma bandeja removível que facilite o processo. Você pode optar por forrá-la com algum papel absorvente (tipo jornal) que deve ser trocado diariamente. Troque também a água diariamente e limpe os demais recipientes. Faça a desinfecção do bebedouro, comedouro, banheira e fundo da gaiola no mínimo duas vezes por semana. É interessante a retirada da banheira para evitar banhos à tarde. Evitar correntes de vento e locais úmidos e muito movimentados são cuidados que também auxiliam no bem estar destes canoros pássaros. Alimentação: alcon Club Canário , alcon Club Farinhada com Ovo para Canários, alcon Club Papa para Filhotes - Pássaros .
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azulao parte 2



  • AZULÃO
    Pássaro de coloração exuberante e dono de um belo canto, o Azulão (Cyanocompsa brissonii) compõe, juntamente com o Bicudo e o Curió, o seleto grupo dos pássaros canoros. Encontram-se espalhados pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil e também na Argentina. Pertence a família dos Frigilídeos e é também conhecido por Gurundi-azul e Reina-Mora. Não é um pássaro muito social e normalmente é avistado sozinho junto às matas ciliares e campinas. Seu canto afável divide-se em dois tipos principais: Canto Normal e Surdina, sendo este último um dos cantos mais belos que um pássaro pode realizar. Da mesma forma que o canto dos Curiós varia de uma região para outra, assim também ocorre com o Azulão cujo canto é marcado por vários "dialetos". Possuem um bico triangular e rude semelhante ao de Bicudos e Curiós. Sua cor é de um azul intenso com as extremidades das asas mais escuras e as patas de coloração semelhante ao bico. Mede cerca de 16 cm e não é raro ser confundido com o Azulinho (Cyanoloxia glauco cerulea), de coloração mais clara, pertencente a mesma família, porém a outro gênero. Reprodução: O Azulão macho difere-se externamente da fêmea devido à coloração amarronzada que ela apresenta. O período reprodutivo inicia-se no final da primavera. A fêmea coloca 2 ovos em média e o período de incubação é de cerca de13 dias. Os pais cuidam dos filhotes que estarão prontos para sair do ninho após o 15º dia do nascimento. Os filhotes podem ser separados dos pais após cerca de 40 dias. Alguns criadores recomendam a colocação de um macho para 3 fêmeas com gaiolas criadeiras individuais. Manutenção: Recomenda-se a utilização de gaiolas com no mínimo 60 cm de comprimento, 35 cm de altura e 30 cm de largura. Manter em local fresco e arejado e evitar correntes de ar. O ninho pode ser tipo taça com 6 a 8 cm de profundidade. Disponibilizar fibras vegetais (bucha, sizal, capim e fibras de coco) para a forração do ninho. Limpar sempre os recipientes de água e comida, bem como a gaiola. Acrescentar um recipiente onde ele possa, eventualmente, banhar-se.
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azulao



Criação de Azulão

Iremos falar agora sobre a criação de "AZULÃO", compreendendo as três formas diversas ocorrentes no Brasil.
Como sempre, vamos adotar a classificação de Sybley, que cita quatro subespécies: Cyanocompsa cyanoides, C. brissonii, C. parellina e C. glaucocaerulea. Eles existem em quase todos os países da América.
Consideramos como o C.brissonii, o existente de Goiás em direção ao Sul do Brasil até a Argentina, 16 a 17 cm - mais longilíneo, o macho adulto possue penas azul escuro e fêmea de penas marrom cor de terra; o C.cyanoides o do Nordeste brasileiro até a América Central, 16,5 a 17,5 cm- mais corpulento, o macho adulto possue penas azul claro e a cabeça bem esbranquiçada; a fêmea de penas marrom claro; o C. glaucocaerulea, é o AZULINHO, menorzinho de 13 a 14 cm, e população bem mais restrita, ocorre no Sul do Brasil de Santa Catarina até a Argentina. O C. parrellina existe na América Central e não no Brasil. Estão, como não podia deixar de ser, também ameaçados de extinção, especialmente pela caça predatória e pela degradação do meio-ambiente.
No Centro Sul do Brasil, procriam na natureza, do início da primavera até o início do outono, ou seja; de setembro a março. A partir desta época, param de cantar, fazem a muda anual e juntam-se em bandos, os adultos e os jovens. Este procedimento os ajuda na tarefa de alimentação nos meses de escassez. Seu ambiente natural preferido são as grotas, os brejo, as bordas de matas e as florestas ralas, sempre por perto de muita água. A verdade é que eles não são exigentes com o habitat, adaptam-se bem em variados tipos de locais.
Quando no processo de reprodução, torna-se um pássaro extremamente territorialista, cada casal demarca a sua área e não permite a presença de outros adultos da mesma espécie; o macho canta intermitentemente a todo volume para delimitar o seu espaço. O AZULÃO, além de ser um pássaro belíssimo, é também muito apreciado pelo seu canto maravilhoso. De modo recente, tem despertado interesse para a criação doméstica. Daí, como se faz com os outros passeriformes é preciso a intensificação da reprodução para suprir a demanda. A Lei 5.197, está em vigor e ela diz que o animal silvestre é propriedade do estado e é proibida a sua captura. Contudo, notadamente com objetivos de preservação, a sociedade permite que se conviva com eles desde que sejam nascidos em criatórios domésticos, e os que estão já cativos são plenamente suficientes para o incremento da reprodução.
As Portarias do IBAMA, a 118 (para profissionais) e a 057 (para hobistas), estabelecem condições para a procriação. Só falta, então, entrarmos em ação e mãos à obra, para reproduzir o AZULÃO. Quem sabe, no futuro, poderemos efetuar os necessários repovoamento; com este pássaro é muito fácil fazê-lo. Tem-se tido notícias de vários criadores, embora de criação ainda um tanto esparsada; o certo é que ele procria com muita facilidade, é de fácil manejo, muito dócil e manso; dos passeriformes, é o mais manso de todos, muitas vezes, aceita ser pego pela mão de determinada pessoa e não demonstra nenhum medo. Dificilmente suas unhas crescem.
Na natureza, a alimentação é muito variada, consomem semente de capim de preferência, ainda verdes; pequenas frutas silvestres e adoram todo tipo de insetos, o bico é forte mas aprecia muito as comidas macias. Seu canto é muito mavioso e pode ser dividido em dois tipos:

a) o canto normal - compõe-se de uma frase de cerca de 10 notas repetindo um som tipo "tifliu"- em variados tons, este é o canto usual e corriqueiro; são inúmeros dialetos, cada região tem um, ou mais longo ou mais melodioso que o outro; b) a surdina, mata-virgem ou alvorada que querem dizer a mesma coisa - neste caso ele chega a cantar certa de 2 minutos sem parar repetindo um módulo de mais ou menos 6 notas - ti-é-té-é-tuéé, como exemplo. A surdina é, sem dúvida, um dos sons mais bonitos que se pode ouvir de um pássaro cantando. O AZULÃO, consegue ir alternando o tom e o volume das notas à medida que vai cantando, dando a impressão a quem escuta que está longe e depois mais próximo. Ele não aprende o canto de outro pássaros, pelo contrário, o curió principalmente é que assimila muito bem o seu canto.
Nos pequenos anúncios deste AO, está lá a gravação de "Carbô", que apresenta os dois tipos de cantos mencionados acima. Considera-se que o melhor canto é o oriundo do Estado do Paraná. No Rio Grande do Sul, há torneios de qualidade de canto e de fibra, sob os auspícios da FOG. Vive, se bem tratado em ambientes domésticos por volta de 20 anos.
A alimentação básica de grãos deve ser: alpiste 50%, painço 20%, aveia 10%, arroz em casca 10% e niger 10%. Dois dias por semana administrar polivitamínico tipo Orosol®, Rovisol® ou Protovit®, este à base de 2 gotas para 50ml d'água. Não recomendamos a utilização de verduras de espécie alguma, provoca diarréia e o AZULÃO é muito susceptível a este mal.
Para suprir suas necessidades nutricionais o mais importante é fazer a farinhada e ali se ministrar grande parte dos ingredientes necessários à saúde da ave. Pode ser elaborada da seguinte forma: 5 partes de milharina, 1 parte de germe de trigo; 1 parte de farelo de proteína de soja texturizada; 4 colheres de sopa de suplemento F1 da Nutrivet para um quilo; 1 gr de Mold-Zap para um quilo da mistura; 1 gr. de sal por 1 quilo da mistura; 2 gr. de Mycosorb por quilo, e 2 gr de Lactosac (probiótico). Após tudo isso estar bem misturado, coloque na hora de servir, duas colheres de sopa cheias dessa farinhada uma colher de sopa cheia de Aminosol. Importante também, ferver durante 20 minutos os grãos alpiste, painço, arroz em casca, lavar bem e misturar à farinhada.
Quando houver filhotes no ninho adicione o ovo cozido. Outra mistura importante deve ser feita com farinha de ostra 20%, Aminopan 30% e areia 50%. É preciso, também ministrar inseto vivo, tipo larvas de tenébrio, à base de 5 de manhã e 5 à tarde, por filhote. Em suma, o AZULÃO consome quase de tudo, é muito fácil alimentá-lo adequadamente.
Os grandes problemas deles são: a diarréia inespecífica e a muda encruada decorrentes, quase sempre da alimentação inadequada, é só corrigir, conforme discriminado acima. Além disso, são muito propensos a serem afligidos por ácaros especialmente de penas, utilize Permozim para combater. Só falta, então a escolha do local apropriado, ele deve ser o mais claro possível, arejado e sem correntes de vento. A temperatura deve ficar na faixa de 20 a 30 graus Celsius e a umidade relativa na faixa de 40 a 60%.
A época para a reprodução no Centro Sul do Brasil é de setembro a fevereiro, coincidente com o período chuvoso e com a choca na natureza. Pode-se criá-los em viveiros, grandes ou pequenos, todavia não o aconselhamos. Em viveiro, o manejo é difícil e controle do ambiente impossível, ali os filhotes costumam cair do ninho e morrem. Para quem optar por utilizar gaiolas - que têm a relação custo/benefício menor - elas devem ser de puro arame, com medida de 60cm comprimento x 40cm largura x 35 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola, e com um passador lateral. A do macho pode ser a metade disso. No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar grade que terá que ser lavada e desinfetada uma vez por semana, no mínimo. Utilizar ninhos, de preferência de bucha, de diâmetro 7 cm e 5 cm de profundidade no centro. Não esqueça de pendurar bastante raiz de capim e pedaços de corda de sisal para estimular a fêmea.
Sabe-se que uma fêmea está pronta quando ela começa a voar muito, a arrancar papel do fundo, carregar capim no bico e levá-lo para o ninho. No manuseio do macho, o melhor é colocá-lo para galar e imediatamente afastá-lo para outra gaiola, assim pode-se utilizar um macho para até 6 fêmeas. Elas podem ficar bem próximas umas das outras em prateleiras, separadas por uma divisão de tábua ou plástico, mas não podem se ver, de forma alguma. Senão, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer. O número de ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3.
O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho aos dezesseis dias de idade podendo ser separado da mãe com 35 dias. Importante a administração de Energette®, através de uma seringa graduada, no bico dos filhotes enquanto eles estão no ninho para ajudar a fêmea no tratamento. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de mãe quando estão no ninho. As anilhas serão colocadas do 7 o ao 10o dia de vida, com diâmetro de 3,0 mm - bitola 4, a ser adquirida no Clube onde seja sócio. Cada fêmea choca 4 vezes por ano, podendo tirar até 8 filhotes por temporada. Quase todas as AZULONAS são excelentes mães, cuidam muito bem dos filhotes, por isso, muitos criadores as utilizam como babás para criar filhotes de bicudos. Fundamental, porém, é que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactérias são os maiores inimigos da criação, e têm as suas ocorrências inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro. Armazenar os alimentos fora da umidade e não levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, são cuidados indispensáveis.
Como recado final, confiamos que todos aqueles criadores que apreciam este maravilhoso pássaro, passem efetivamente a se preocupar com a reprodução deles e que com o respectivo aprimoramento genético buscando conseguir exemplares de alta qualidade e que assim se possa combater o tráfico ilegal, como também o respeito da sociedade pelo real trabalho de preservação executado.
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agapornis parte 2



Agapornis

Este texto visa dar uma visão geral de como manter Agapornis em cativeiro. É um pássaro fascinante, que apresenta cores fantásticas. Pode ser amansado, vivendo pacificamente no ombro de seu dono.
Este pássaro é conhecido popularmente como Agapornis, periquito-namorado, love-bird (pássaro do amor). Isto porque a vida entre o casal é harmoniosa, cheia de "beijocas" e carinhos o dia todo.
O Agapornis está assim classificado:
Reino: AnimaliaFilo: ChordataClasse: AvesOrdem: Psittaciformes Família: PsittacidæGênero: AgapornisEspécies: A. roseicollis; A. nigrigenis; A. taranta; A. personata; A. cana; A. swinderniana; A. lilianæ; A. fischeri; A. pullaria.
É um pássaro pequeno, que atinge por volta de 15cm (variando pouco de espécie para espécie).

Como todo Psittacídeo, é um pássaro bem "barulhento" (eu, pelo menos, considero seu "barulho" como um belo canto). Fica andando pela gaiola o dia todo, fazendo "traquinagens". Se o ambiente for grande, arrisca vôos entre os poleiros, mas prefere andar pelas malhas da gaiola para chegar ao poleiro.
Os Agapornis distribuem-se principalmente no continente africano, como A. cana, em Madagáscar; A. roseicollis, em Angola e Namíbia; A. personata, Tanzânia. Vivem em regiões secas relativamente arborizadas.
A fidelidade entre o casal não é apenas uma constante entre os Agapornis, mas entre todos os Psittacídeos. Este comportamento fica bem evidenciado na espécie A. cana, onde um imita o comportamento do outro o dia todo. Se criados pelo dono desde filhote, acostuma-se viver facilmente fora da gaiola, não sendo, na maioria das vezes, necessário cortar sua asa.

Não é um pássaro falante, como Araras, Cacatuas e Papagaios, mas aprende a balbuciar algumas palavras curtas e sons humanos.
Quando o pássaro é adquirido adulto pode mostrar-se assustadiço no primeiro contato. Mas com bastante paciência, afinco e amor podemos acostumar o pássaro à nossa presença e, pelo menos, fazer com que não se assuste e não se debata tanto na gaiola quando chegamos perto.
A única espécie que não é criada pelo homem é A. swinderniana, que não se adapta em cativeiro. Das outras oito, conhecemos várias mutações, que oferecem um colorido ímpar.
O dimorfismo sexual nos Agapornis é relativamente difícil. À exceção de A. cana, A. pullaria, A. taranta, que oferecem um dimorfismo seguro, as demais espécies só podem ser sexadas observando-se o espaçamento entre os ossos pélvicos: no macho, os ossos encontram-se bem unidos. Nas fêmeas, os ossos oferecem um espaçamento tal que conseguimos colocar nosso dedo indicador entre eles. Mas infelizmente esse método tem uma eficácia que não ultrapassa 30%.
O que torna ainda mais difícil a sexagem é que machos convivem bem entre si, assim como fêmeas. Esse comportamento pode nos enganar!
O método mais seguro é fazer exame de sangue, para comprovação de genótipo, mas infelizmente ainda é um método caro no Brasil.

Colocando dois pássaros na gaiola, você pode Ter por base o seguinte: se há a feitura do ninho mas a suposta fêmea não botar, pode se tratar de um macho. Mas o mais provável neste caso é que o ninho não seja confeccionado. Mas atenção: podemos Ter aqui dois casos. Primeiro, uma fêmea estéril; segundo, um macho experiente que confeccione bem o ninho. Se você notar que há postura de muitos ovos num certo período de tempo, então provavelmente se trate de duas fêmeas. Estas põe um ovo por dia.
Os filhotes tem cores mais esmaecidas que as do adulto. Geralmente, na primeira muda já adquirem coloração de adulto. O aconselhável é que a reprodução seja feita numa gaiola, contendo apenas um casal. Uma gaiola com dimensões aproximadas de 70x30x40 e um ninho de 20x17x17 servem bem ao nosso propósito. Se deixarmos os pássaros em ambiente comunitário, teremos dois problemas: a formação de casais indesejados e disputas pelo mesmo ninho.
O cortejo do macho é simples, seguido da cópula. A fêmea bota seus ovos geralmente de madrugada, bem no amanhecer. Cada ninhada pode ser composta por até 6 filhotes, mas o mais comum são 4. No Brasil verifiquei ovipostura o ano todo, mas principalmente na primavera e no verão. Já cheguei a tirar 6 crias anuais de um casal! Os ovos demoram 18 dias para a eclosão mas, por segurança você deve aguardar até o 21º dia. Não é necessário que separemos os ovos, a fim de eclodirem simultaneamente.
A fêmea de Agapornis é habituada a cuidar bem de filhotes com diferentes idades.Na fase reprodutiva é aconselhável que a alimentação seja reforçada, acrescentando-se um pouco mais de aveia à dieta, aumentando-se a variedade de frutas, legumes e verduras, e acrescentando-se suplemento vitamínico na água ou ração.
O melhor ambiente para os Agapornis é um ambiente sossegado. O sol pela manhã (até 11h00) é fundamental. É importante que sejam manejados sempre, para que se habituem à presença do dono, principalmente na época reprodutiva. Isto porque, caso precisemos mexer no ninho para verificar algo, não corramos o risco de a fêmea abandonar o choco.

O mais importante no manejo dos Agapornis é a alimentação. Há alguns anos muitas empresas têm dado atenção à alimentação das aves, formulando misturas balanceadas. Atualmente há rações extrusadas de excelente qualidade, que por serem embaladas e manuseadas por máquinas, estão livres de poeira, fungos e outras contaminações. Deve-se preferir esse tipo de ração. Em uma emergência, utilizo a seguinte mistura:
250g de aveia 250g de painço 250g de alpiste 125g de arroz com casca 100g de colza 100g de níger 100g de senha 100g de linhaça 100g de quirela média
Em outro comedouro, ponho girassol.
Quando tiver que comprar sementes soltas, verifique se o recipiente que as contém está tampado, e se há poeira nas sementes ao serem manuseadas. Caso tenha, evite comprar, pois as sementes ao ar pegam umidade (facilitando o desenvolvimento de fungos) e a poeira faz mal às aves.
Sou amante de todos os Psittacídeos, principalmente de Agapornis. Gostaria imensamente que o leitor enviasse opiniões, pois a troca de experiências é arma fundamental para o aumento dos conhecimentos.
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agapornis



Agapornis é uma palavra grega que quer dizer "Ave do Amor".

Sua Origem é Africana, portanto não é necessário nenhuma licença especial do Ibama para sua criação. Chegaram no Brasil no final dos anos 50, mas só foram criados em grande escala a partir dos anos 80. Pertencem a Família dos Psitacídeos, que inclue periquitos, araras, papagaios, cacatuas, tuins, etc. Estão divididos nas seguintes espécies:
§ Agapornis Roseicollis
§ Agapornis Personata
§ Agapornis Fischer
§ Agapornis Nigrigenis
§ Agapornis Cana
§ Agapornis Pullaria
§ Agapornis Taranta
§ Agapornis Liliane
§ Agapornis Swinderniana
Diz a lenda que esses pássaros são inseparáveis, porque o macho e a fêmea gostam de ficar sempre um perto do outro, geralmente trocando caricias. É realmente, emocionante o espetáculo de rara beleza que o casal proporciona quando se envolve num doce namoro. Por isso "Ave do Amor" ( Love Birds )
Acomodação dos Agapornis:
Para a criação utiliza-se de ninho de madeira ( caixa ) que podem ter as seguintes dimensões 30 cm de comprimento, 14 cm de largura por 13 cm de altura, com uma divisão no meio, proporcionando sala e quarto, nesta área deve ser côncava para abrigar os ovos.
As gaiolas deve proporcionar um espaço ideal para o casal e os futuros filhotes, o ninho por ser colocado dentro da gaiola como uma gaveta ou ficar suspenso do lado de fora.
Os Agapornis podem ser criados em colônias ( viveiros ) ou em gaiolas individuais, algumas características da Criação em Viveiros e Gaiolas Individuais :
Viveiros:
§ Facilidade para cuidar, alimentar, limpar, pois em um único local teremos todas as aves, diminuindo o tempo utilizado.
Gaiolas Individuais:
§ Melhor manejo das aves, diminuindo possibilidade de brigas e doenças.
§ Controle Genético das aves
§ Identificação Segura dos pais e filhotes
Iniciando a Criação
Os Agapornis criam quase o ano todo, descansando no verão, rendendo normalmente 3 posturas ( processo que significa fazer o ninho, botar os ovos, chocar os ovos e cuidar dos filhotes ) por ano. Prefira matrizes de criadores renomados e pássaros anilhados. Escolha aves com no máximo 3 anos, sabendo que poderão criar até os 7 anos ou mais.
Macho ou Fêmea ?
Sexar os Agapornis não é fácil, porque não temos diferenças aparentes entre o macho e a fêmea. Existem algumas formas não totalmente precisas, porém as mais utilizadas:
§ Apalpar os ossos da bacia, o macho apresenta bem fechados e pontudos e o espaço entre o peito e os ossos é pequeno, nas fêmeas são mais abertos e arredondados, com o espaço maior entre o peito e os ossos. É uma prática comum mas não segura, pois existem machos mais abertos e fêmeas mais fechadas.
§ Acompanhar as aves e verificar se elas namoram. É possível que sejam um casal.
§ Analisar comportamento e aspectos físicos, machos são mais quietos e menores e as fêmeas mais bravas, barulhentas e maiores ( claro temos exceções ).
§ Sexagem em laboratórios através de amostras de sangue.
Acasalamento:
Tão logo formado o casal, começará a montagem do ninho, nesta época forneça material ( palha de milho, vassoura, etc. ) para as aves montarem seus ninhos, se isso não acontecer ( as aves não se entenderem ) em 3 ou 4 semanas, ocorreu alguma incompatibilidade e o casal deve ser desfeito. Acontecendo tudo corretamente logo teremos o inicio da postura.
Ovos e Filhotes:
Os ovos são postos dia sim dia não, normalmente variam de 4 a 6 ovos, a incubação começa no terceiro ovo, o nascimento ocorre 23 dias após o primeiro ovo. A fêmea garante a alimentação dos filhotes até que comam sozinhos, os machos ajudam no trato, passando comida para as fêmeas ou até alimentando os filhotes. Aproximadamente com 10 dias de vida deve-se anilhar os filhotes com as anilhas invioláveis para facilitar sua identificação, estas anilhas são obtidas nos Clubes Ornitológicos. Os filhotes devem ser separados dos pais o mais tarde possível, isso ocorre quando a fêmea inicia uma nova postura e acaba por expulsá-los do ninho.

Alimentação:
A mistura de semente é a base da alimentação e é formada basicamente de painço, alpiste, aveia, girassol ( As sementes devem ser sempre de boa procedência ), como complemento alimentar é necessário uma farinhada ( composta pôr vitaminas e aminoácidos ), um mineral ( mistura de farinha de ostra, areia, cálcio, etc. ) e milho verde cru, jiló, etc. atualmente existem produtos prontos comercializados em lojas especializadas que facilitam o trabalho. A experiência diz, que cada criador com o tempo desenvolve um esquema de alimentação, criando suas próprias variações. A água deve ser trocada diariamente e deve-se fornecer tigelas apropriadas para aves tomarem banho.
Cuidados Gerais:
Em caso de doenças prefira um veterinário. As doenças são raras mas podem ocorrer por contaminação por pássaros de origem duvidosa. Ratos são o que há de pior. As aves devem estar em locais arejados e onde bate luz solar no período da manhã. Mantenha o criadouro limpo. Seus pássaros só tem você para protegê-los.
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papagaio



Taxonomia e morfologia

Os papagaios pertencem à ordem Psittaciformes, família Psittacidae, gênero Amazona. Existem aproximadamente 30 espécies de papagaios, que ocorrem naturalmente da América do Sul à América do Norte (México). A cor predominante da plumagem é verde. Os papagaios têm o corpo compacto com pescoço, asas e pernas curtas. A cauda é curta, quando comparada a de seus primos periquitos e araras.

O bico é recurvado e forte, capaz de quebrar sementes. A língua é grossa, sensível, cheia de papilas gustativas (portanto o sentido do paladar é desenvolvido) e manobra facilmente o alimento na boca. Os papagaios têm papo, onde o alimento é armazenado durante horas. A visão é desenvolvida. São zigodáctilos, ou seja, têm dois dedos para frente e dois para trás nas patas, o que facilita a manipulação do alimento. Observe que os papagaios prendem o alimento com as patas e abocanham pedaços do alimento.
Identificação do Sexo e Idade

Os papagaios de forma geral são monomórficos, ou seja, macho e fêmeas têm a mesma aparência, não sendo possível determinar o sexo apenas pela visualização externa. É preciso realizar exames de DNA, que requer apenas uma gota de sangue. Outra maneira de saber o sexo da ave é por laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico, que necessita anestesia e a introdução de um endoscópio no abdômen para visualizar os testículos ou o ovário. A sexagem dos papagaios de estimação deve ser solicitada a um veterinário. As aves jovens (com até oito meses mais ou menos) têm a íris dos olhos marrom escuro, enquanto que nos adultos a cor dos olhos é mais clara. Fora isso, é difícil determinar a idade dos papagaios. A média de vida é de 20 anos, porém já foi registrada longevidade de 80 anos.

Vocalização

Os papagaios possuem voz forte. São capazes de imitar a voz humana, sons de outros pássaros e animais de estimação e mesmo som de objetos. O papagaio americano considerado melhor falador é o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), também o mais comum nas residências brasileiras. Podem ser treinados desde filhotes a repetir palavras, frases ou mesmo cantar.
O aprendizado pode levar vários anos e a habilidade de "falar" depende da capacidade individual da ave. Percebe-se que poucos papagaios acabam tornando-se bons imitadores. Os papagaios que não aprendem a falar acabam, muitas vezes, tornando-se indesejados pelos seus donos
Hábitos

Na natureza vivem em bandos, mas podem separar-se em casais na época reprodutiva. O papagaio sacode vigorosamente a plumagem como sinal de alerta ou como forma de cumprimento a uma pessoa conhecida que se aproxima. Os papagaios normalmente são canhotos. Gostam de banhar-se na chuva, às vezes pendurados de cabeça para baixo. Dormem empoleirados. Gostam de brincar com objetos. São aves inteligentes que necessitam de muita atividade, caso contrário se entendiam e podem apresentar comportamentos anormais.
Alimentação na natureza

A dieta dos papagaios na natureza é variada, composta por frutos, sementes, brotos, flores e eventualmente insetos que estão nas frutas. As sementes de palmito são utilizadas como alimento na Mata Atlântica. Na natureza alimentam-se principalmente nas primeiras horas do dia e no final da tarde.
Alimentação em Cativeiro

O que os papagaios comem em cativeiro? Essa é uma dúvida comum à maioria das pessoas que mantêm aves em residências. A alimentação a ser fornecida deve ser balanceada nutricionalmente para permitir uma vida saudável e longa à ave . O termo dieta aqui utilizado refere-se à soma de alimentos e nutrientes que formam a alimentação de uma ave. Portanto, não tem nada a haver com aquele regime alimentar elaborado para o emagrecimento ("fazer uma dieta"). É muito comum encontrar pessoas que fornecem às suas aves café, pão, fubá, sementes de girassol, doces ou somente frutas. Não é preciso ser um especialista para saber que essa alimentação é incorreta e trará sérios prejuízos à saúde da pobre ave de estimação.Infelizmente, grande parte das aves tratada em clínicas veterinária apresenta alguma patologia decorrente da desnutrição. Podemos citar as doenças respiratórias e renais decorrentes da hipovitaminose-A (deficiência de vitamina A), o raquitismo (em decorrência da falta de cálcio e vitamina D), mau empenamento, emagrecimento, obesidade, distúrbios e tumores hepáticos, distocia, infecções, parasitismo e tantos outros problemas diretos ou indiretos. Sabe-se que sementes de girassol e amendoim são normalmente contaminadas com aflatoxinas, ou seja, toxinas produzidas por fungos que crescem naturalmente nas sementes. Em longo prazo, as aflatoxinas podem causar degeneração e mesmo tumores no fígado. Além disso, essas sementes são ricas em gordura, que podem levar ao aparecimento de aterosclerose, ou seja, a deposição de colesterol nos vasos do coração. Outros alimentos usualmente fornecidos aos papagaios são pobres em nutrientes. É o caso das frutas, que têm algumas vitaminas, mas são pobres em proteínas, gorduras e outros nutrientes essenciais. O pão e fubá são alimentos ricos em carboidratos (energéticos), mas pobres em nutrientes essências para o crescimento da ave. Filhotes criados com fubá não crescem satisfatoriamente e podem morrer logo nas primeiras semanas de vida. Então, o que devemos fornecer para os papagaios em cativeiro? Na natureza, a alimentação dessas aves é diversificada e balanceada naturalmente. No cativeiro é muito difícil isso acontecer, pois não dispomos dos mesmos alimentos que as aves encontram na natureza. Outro problema é que no cativeiro as aves acabam tomando gosto por alguns alimentos e rejeitam outros de boa qualidade . Portanto, mesmo que ofereçamos alimentos saudáveis, os papagaios cativos tendem a rejeitar esses alimentos. Outras dificuldades são elaborar cardápios balanceados sem a ajuda de um nutricionista e também a mão-de-obra necessária para preparar alimentos frescos e nutritivos duas vezes ao dia, todos os dias da semana. Assim, se quisermos manter aves sadias, temos que oferecer a elas uma variedade de alimentos frescos e em quantidades corretas. Esses itens incluem legumes semicozidos (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico), milho, verduras, brotos, frutas (tomate, mamão, maçã, frutas cítricas, frutas de época), cereais, proteína de soja, óleos vegetais, sementes de boa qualidade e em pequena quantidade (girassol, castanhas), proteína animal (queijo magro, ovo cozido), aminoácidos essências, cálcio, vitaminas, minerais e probióticos. Adaptar as aves a esse cardápio variado não é uma tarefa fácil e requer a ajuda de um veterinário ou um zootecnista especialista em nutrição animal. Para resolver esse problema, surgiram as rações balanceadas para psitacídeos, que vêm prontas para uso. A ração peletizada ou extrusada pode ser comparada em seu formato e facilidade de uso às rações para cães, gatos e outros animais domésticos . A ração de papagaios é palatável e contém todos os nutrientes que a ave necessita em doses corretas. Não devemos confundir a ração balanceada com as misturas de sementes, que permite à ave separar os itens alimentares que mais gosta dos que não gosta, tal qual uma criança que separa no seu prato somente o alimento que mais lhe agrada.

As dietas balanceadas para papagaios (tipo ração) são fabricadas no Brasil e podem ser encontradas nas lojas especializadas. Uma boa opção é a ração extr

usada Alcon Club Psita Stick, de alta digestibilidade e formulada para atender às necessidades nutricionais de papagaios, araras e outros psitacídeos de médio e grande porte. A ração balanceada reduz o desperdício de alimento, é de uso prático e principalmente, torna as aves bem nutridas e saudáveis. A ração balanceada pode ser a única fonte de alimentação, mas frutas, verduras, sementes e castanhas podem ser oferecidas eventualmente como petiscos eventuais.
Os filhotes de papagaios necessitam de alimentos próprios: ração farelada de alta digestibilidade rica em proteína, aminoácidos essências, vitaminas, cálcio, minerais, probiótico e muitos outros nutrientes . A papinha deve ser fornecida fresca e em temperatura morna.
Viveiros e Gaiolas

O tamanho do viveiro depende de como se pretende manter seu papagaio em cativeiro. Se a ave for confinada, o viveiro deverá ser grande o suficiente para permitir o vôo e uma vida confortável. As dimensões podem variar, sendo o mínimo algo em torno de 1,6 m de largura x 2,5 m de altura x 3 m de comprimento. Gaiolas suspensas podem ser menores: no mínimo 80 cm de largura, 80 cm de altura e 1,80 m de comprimento. Os viveiros e gaiolas suspensas devem ter uma área coberta contra chuva e sol e para a proteção da caixa-ninho. Se a ave é mantida solta em jardins ou em casa e é presa somente à noite, a gaiola pode ser pequena, como as que são vendidas em pet shop. Porém, a gaiola deve ser grande o suficiente para permitir ao papagaio abrir a asa e movimentar-se com facilidade. A tela usada na confecção das gaiolas não deve estar contaminada com material tóxico como zinco ou chumbo. Se a tela for pintada, deve ser usada tinta que não tenha esses metais pesados em sua composição.
Não mantenha aves amarradas ou presas por corrente. Este é um procedimento desumano e que pode trazer danos à saúde da ave. Não mantenha papagaios permanentemente fechados em gaiolas, pois são aves inteligentes e precisam de espaço e atividade. A gaiola é indicada apenas para o período noturno ou para poucas horas de confinamento.

Pode-se manter papagaios em poleiros tipo T. Esse poleiro é onde a ave permanece solta e em descanso, podendo observar e interagir com as pessoas à sua volta. O poleiro em forma de T pode ser confeccionado pelo próprio proprietário, compreendendo uma estrutura de suporte e um poleiro.

Os poleiros das gaiolas e dos viveiros devem ser de madeira, cilíndricos e de espessura que permita à ave se agarrar firmemente. Recomenda-se galhos de árvores de diâmetro adequado às patas da ave, pois permite à ave exercitar-se com poleiro de diferentes diâmetros. Evite poleiros finos ou grossos, que podem causar problemas às patas e articulações. Poleiros ásperos, com espinhos ou de árvores tóxicas devem ser evitados.
Aves mantidas em casais devem ter acesso a um ninho tipo caixa. Internamente é utilizado cepilho de madeira não tóxica como substrato para os ovos e filhotes.
Comedouros e Bebedouros

Comedouros e bebedouros devem ser de material resistente, de fácil higienização e não tóxico, como vasilhas de aço inoxidável, alumínio ou vidro resistente. Devem ser lavados e escovados diariamente e desinfetados freqüentemente. Os comedouros e bebedouros não devem ficam embaixo dos poleiros, evitando que as aves defequem sobre eles.
Brinquedos e divertimento

Existem brinquedos para psitacídeos em alguns pet shops, que podem ser sinos, correntes, espelhos, brinquedos de corda, de borracha resistente e outros materiais. Os brinquedos devem ser de metal atóxico, sem pontas, superfícies cortantes, de tamanho que não possa ser ingerido e sem componentes que possam ser quebrados e ingeridos (por exemplo, plástico mole). Os brinquedos ou objetos de distração podem ser oferecidos em dias alternados para evitar o desinteresse pelo mesmo brinquedo. Podem ser feitos de correntes, argolas e madeira.
Verduras, brotos, ramos de árvores frutíferas (amoreira, por exemplo), maçã, frutas da época, milho verde na espiga e outros alimentos devem ser fornecidos constantemente para manter o papagaio em atividade e prevenir o tédio. Esses alimentos ou brinquedos não devem ser de plantas tóxicas e não devem ter pesticidas.

Atenção do dono

Como os papagaios são aves inteligentes, precisam da atenção do dono e de novidades, que as mantenham ativas e interessadas. O tédio e a falta de atividade provocam o aparecimento de comportamentais estranhos, tais como o arrancamento de penas, automutilação, agressividade, gritos excessivos e depressão. Permita à sua ave algumas horas de atenção. Não é bom para a saúde psicológica de uma ave solitária (sem um parceiro) mantê-la sem a atenção humana durante o dia. Lembre-se que para sua ave você e sua família são os representantes do seu "bando" e solidão é algo que ela não conheceria, se estivesse nas florestas.
Banhos

Os papagaios gostam de banhar-se. O banho pode ser numa vasilha rasa (para que a ave não se afogue) ou pode-se borrifar água sobre ela com um borrifador ou jato fino de mangueira. Papagaios que não estão acostumados ao banho podem não gostar da sensação nas primeiras vezes. Dê banhos em dias quentes e deixe a ave secar por conta própria. Não a encharque, pois poderá apresentar hipotermia (temperatura corpórea baixa). A própria chuva poderá ser uma boa oportunidade para um bom banho. As aves precisam de banhos de sol diariamente no período da manhã (até às 10h) ou à tarde (após as 16h), conforme a região do país. O importante é que seu papagaio não fique exposto ao sol quente e que haja a possibilidade dele ir para a sombra quando quiser.


Sono

As aves necessitam de 10 a 12 horas de sono diários em local escuro, sem barulho e sem movimento. Se não houver um aposento assim na casa, coloque a gaiola coberta com tecido escuro em um local sem a presença humana, televisão ligada ou outra perturbação. Apague a luz do local e deixe a ave descansar. Não feche completamente a gaiola de modo a não permitir ventilação. Evite lugares úmidos ou com corrente de vento. A falta de sono leva a ave ao estresse, podendo apresentar doenças e comportamentos
Corte das Penas

É recomendável cortar as penas de uma das asas para garantir que a ave não fuja ou se machuque no interior da residência. O propósito de cortar as penas é evitar que seu papagaio consiga voar longas distâncias e não incapacitá-lo completamente ao vôo. Uma ave que tenha as penas das asas cortadas incorretamente poderá ferir-se gravemente ao despencar de poleiros altos. A idéia é que a ave possa aterrisar suavemente ao chão. Portanto, o corte das penas deve ser feito por alguém que saiba a técnica correta. Se o proprietário tiver a intenção de sair com a ave à rua, deve ter em mente os riscos de acidente. Pode acontecer atropelamento ou inadvertidamente um ataque de cães. Esses riscos são ainda maiores em aves sem as asas aparadas, que podem voar para dentro de outras residências. Lembre-se também que ter animal silvestre sem autorização do IBAMA é ilegal, estando o indivíduo sujeito às penalidades da legislação ambiental.
Corta-se com tesoura afiada as penas remiges primárias de uma das asas. São aproximadamente 10 penas a serem cortadas. Pode-se deixar duas penas distais (na ponta da asa) por razões estéticas e para proteger a asa contra atrito na gaiola e traumas. Após o corte é preciso avaliar a capacidade de vôo do papagaio num ambiente restrito, de modo a assegurar-se que a ave é incapaz de realizar vôos longos. Penas em crescimento estão envoltas numa bainha e por terem farta irrigação sangüínea, sangram muito ao corte. Portanto, não é recomendado o corte dessas penas em crescimento. Um novo corte das penas deve ser feito de tempos em tempos, conforme a necessidade. Papagaios que são mantidos em viveiros ou gaiolões não necessitam de corte das penas.
Aparação das Unhas
O papagaio pode ficar com as unhas afiadas e longas, sendo desconfortável para o proprietário tê-lo no braço ou ombro. O corte das unhas deve ser feito com cuidado, pois pode sangrar. As pontinhas normalmente não têm irrigação e podem ser cortadas. O melhor é cortar poucos milímetros de cada vez. Pode-se utilizar um cortador de unha. Se ocorrer sangramento que não pára, recomenda-se aplicar anti-séptico coagulante ou cauterizar ou aplicar supercola de secagem rápida para conter a hemorragia. A pontas aparadas podem ser arredondadas com uma lixa de unha.
Aparação do Bico

O bico superior pode estar crescido e pontiagudo, sendo necessário apará-lo corretamente. Esse procedimento deve ser feito preferencialmente por um veterinário, pois pessoas inexperientes podem causar uma fratura no bico, o que é muito grave. O arredondamento das pontas pode ser feito com um rotor elétrico ou à bateria com ponta lixadora.

Higiene e Saúde

É imprescindível a higiene do viveiro e gaiola. A remoção de fezes e urina (a porção branca e líquida do excremento é a urina) deve ser feita diariamente, evitando a proliferação de bactérias e fungos no ambiente. Poleiros e ninho devem estar livres de excrementos. Os bebedouros e comedouros devem ser lavados todos os dias e desinfetados com solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) várias vezes por semana. Os desinfetantes devem ser removidos completamente por meio de enxágüe e as vasilhas devem ser secadas.
Recomenda-se levar seu papagaio para um exame veterinário pelo menos uma vez ao ano. A qualquer sinal de doença, leve seu amigo emplumado ao veterinário, mesmo que não haja em sua cidade um veterinário especialista em aves silvestres. Exames básicos que podem ser solicitados ao veterinário são exames de sangue (hemograma), exame de fezes para helmintos e protozoários (Giardia), exame de gram das fezes (bacterioscopia) e exames de clamidiose. Esses exames não são obrigatórios. Converse com seu veterinário o que é preciso fazer. Um simples exame físico da ave permitirá ao médico veterinário saber se a ave está magra, se ela apresenta alguma alteração no corpo e se há algum sinal de doença.
A simples alteração da cor e consistência das fezes pode ser sinal de que algo não está bem com sua ave. Portanto, aprenda a reconhecer as fezes normais da sua ave. As fezes normais dos papagaios são consistentes e de forma alongada e a cor é verde. A urina é branca e a porção líquida é clara. Se notar alteração na cor e consistência das fezes, consulte um veterinário.
Zoonoses

Zoonoses são doenças potencialmente transmissíveis dos animais ao homem e vice-versa. A zoonose de maior preocupação para pessoas que mantêm psitacídeos em casa é a clamidiose, doença também conhecida por psitacose ou ornitose. É causada pelo microorganismo Chlamydiophila psittaci. Causa pneumonia no homem, sendo os sintomas mais comuns tremores, tosse, febre, dor de cabeça, indisposição, mialgia (dor no corpo), perda de apetite, náusea, dor no peito e vômito. O tratamento tanto das aves como no homem é feito com antibióticos específicos (doxiciclina), mas é necessário diagnóstico precoce. Pode ocorrer morte humana com quadro de pneumonia. Papagaios infectados e que estão com a imunidade baixa podem contaminar outras aves e mesmo o homem. Os papagaios retirados da natureza estão fracos e com a imunidade reduzida, portanto, são potencialmente transmissores da clamidiose. Outras zoonoses são bactérias causadoras de gastrenterites no homem, como a Salmonella spp, Campylobacter jejuni e Escherichia coli. Os sintomas em humanos são diarréia, dor abdominal, vômito, febre, mal estar, mialgia e dor de cabeça.
As bactérias Yersinia pseudotuberculosis e Yersinia enterocolitica podem causar linfadenite mesentérica aguda, que se assemelha em sintomas a uma apendicite aguda. Enterite (inflamação do intestino), hepatomegalia (aumento do fígado) e icterícia podem ocorrer.
A alveolite alérgica é uma doença respiratória em humanos causada pela hipersensibilidade a antígenos de aves (alérgenos), tais como penas, pó de penas, fezes e sangue. Os sintomas são indisposição, tremores, febre, dores musculares, tosse e respiração curta. A doença pode ser aguda (de 4 a 8 horas após exposição aos alérgenos), sub-aguda (exposição prolongada e causa tosse seca e dificuldade respiratória) e crônica (exposição muito prolongada aos alérgenos; pode ser irreversível e causa dispnéia, tosse e perda de peso).Outras zoonoses são raras, mas podem ocorrer: tuberculose da forma aviária (Mycobacterium avium), principalmente em pessoas com baixa imunidade (por exemplo, pessoas HIV-positivo); listeriose (Listeria monocytogenes) - podendo causar meningite e conjuntivite em pessoas imunodeficientes; e vírus da influenza (gripe).
Protozooses (doenças causadas por protozoários) que podem ocorrer são criptosporidiose (Cryptosporidium spp.) que causa diarréia persistente, má absorção intestinal, dor abdominal, febre e vômito. Pessoas com baixa imunidade são mais suscetíveis. A giardíase (Giardia spp,) é outra potencial zoonose. É relativamente comum em humanos e os sintomas incluem diarréia e má absorção intestinal.
Algumas medidas de prevenção são manter rígido controle da higiene nas instalações (viveiros, gaiolões e gaiolas); evitar o contato de excrementos das aves sem luvas de borracha; lavar e desinfetar as mãos e braços após ter contato com aves; não levar a mão à boca; levar o papagaio ao veterinário se observar qualquer sinal de doença.
Problemas Comportamentais
Arrancamento de penas e automutilação

O arrancamento de penas é um problema comum e de difícil solução. A desordem caracteriza-se pelo comportamento obsessivo da ave em quebrar, destruir ou arrancar suas próprias penas ou de outras aves, retirando a proteção natural oferecida pelas penas. O cuidado com as penas é um procedimento natural nas aves, que cuidam e limpam diariamente da plumagem. As penas são imprescindíveis à saúde, permitindo o vôo, proteção contra o frio, umidade, vento e outras variações climáticas. A muda natural é diferente do arrancamento de penas. A muda de penas é um processo fisiológico, que consiste na perda das penas velhas e desgastadas e crescimento de novas penas. Os papagaios fazem a muda gradualmente ao longo do ano e nunca de uma só vez. Não é difícil saber se uma ave está arrancando ou destruindo suas penas. Basta observá-la atentamente e examinar as áreas do corpo que estão depenadas: dorso, asas, abdômen, tórax. Nos locais onde as aves não alcança com o bico (cabeça e pescoço) não ocorre a perda de penas, a não ser que outra ave esteja arrancando. As causas do arrancamento de penas são variáveis e podem ser classificadas em causas ambientais, clínicas e psicológicas (ou comportamentais).
As causa ambientais podem ser mudanças no tempo (úmido, seco, calor, frio), pessoas ou animais novos na casa, mudanças no ambiente em que a ave vive, mudança no comportamento do seu dono (ausência na casa, pouco tempo interagindo com a ave, fatores emocionais, etc.), barulho excessivo, movimento anormal no ambiente, animais estranhos nas proximidades. Ambientes úmidos ou secos ou aves com plumagem suja que não têm a oportunidade de banho podem apresentar um zelo exagerado no cuidado das penas, podendo se tornar arrancadoras.
As causas clínicas mais comuns são parasitas de pele, parasitas internos (vermes, protozoários), infecções bacterianas ou fúngicas na pele ou nos folículos das penas, alergias, distúrbios hormonais, desnutrição, aspergilose (infecção respiratória fúngica), doenças internas (doenças hepáticas) e mudanças hormonais na época de reprodução (época reprodutiva, presença de caixa-ninho).
As causas psicológicas ou comportamentais são o estresse, ansiedade, medo, tédio, frustração sexual por não se reproduzir, solidão, falta de atenção do dono, poucas horas de sono, mudança brusca na rotina da ave e outras experiências negativas que levem a ave a se automutilar extraindo ou destruindo suas próprias penas. Aves que querem a atenção do dono podem passar a arrancar as penas como forma de chamar a atenção.
É importante notar que Inicialmente há uma causa que desencadeia o comportamento anormal, mas o hábito pode tornar-se vício, e mesmo que o fator desencadeador cesse, o vício pode permanecer indefinidamente. Por exemplo, uma ave pode começar a arrancar suas penas por causa do estresse sofrido durante uma mudança de residência. Porém, mesmo depois da ave estar acostumada com a nova casa, ela poderá persistir no arrancamento, que passou a ser então, um vício. Em aves arrancadoras crônicas, a camada germinativa das penas pode estar comprometida e mesmo que a ave seja curada do comportamento obsessivo, o crescimento de novas penas poderá nunca mais acontecer por causa da destruição dos folículos.
Lembre-se que os papagaios são aves inteligentes e precisam de atenção e atividade. Na natureza passam grande parte do dia procurando alimento, voando longas distâncias, alimentando-se na copas das aves e interagindo umas com as outras. Em cativeiro esta possibilidade de interagir com o meio ambiente e com membros do bando não existe, tornando a vida do animal um permanente tédio. Aves entediadas são fortes candidatas a tornarem-se arrancadoras de penas. Aves que não se acasalam também podem apresentar essa aberração comportamental, sendo mais evidente o problema na época reprodutiva. Descobrir a causa do problema não é uma tarefa fácil e requer muita investigação clínica e análise do histórico e comportamento da ave. Pode ser necessário eliminar possíveis causas até chegar à causa mais provável. Em muitos casos, não se chega à cura definitiva.
O tratamento depende do diagnóstico. Se a causa predisponente for parasita de pele, o tratamento é feito com um ectoparasiticida. Se o que está causando o problema é uma infecção respiratória, o tratamento é combater a infecção. Se for distúrbio hormonal, pode-se lançar mão da reposição de hormônios. Se o arrancamento for decorrente da frustração sexual, pode ser necessário providenciar um parceiro ou reduzir os hormônios sexuais. Se houver um animal doméstico novo na casa (cão ou gato), pode ser necessária a remoção desse animal. A solidão é um fator predisponente. Se os moradores da casa permanecem o dia todo fora, pode ser necessário a adoção de uma outra ave para companhia (pode ser até mesmo um psitacídeo de outra espécie) ou então, o dono deve buscar tempo para passar mais atenção com sua ave.
Diferentemente, se a ave arrancadora estiver em bando, pode ser necessário separá-la das outras, se estiver sendo ameaçada ou perseguida por uma outra ave. Assim, existem muitas causas e diversos tratamentos e manejos. Muitos são também os medicamentos prescritos: tranqüilizantes, fitoterápicos, imunoestimulantes, homeopáticos, etc. o colar elisabetano é recomendado em algumas situações, mas não resolve o problema, pois a causa não é tratada. Uma medida sempre correta é passar a fornecer ração balanceada. Para o sucesso do tratamento, é fundamental descobrir o que está causando o arrancamento. Forneça sempre um ambiente limpo e saudável que dê oportunidades de descobertas e estímulos para a ave manter-se ocupada. Enriquecimento ambiental é o termo usado para definir os procedimentos a serem adotados para tornar o ambiente repleto de oportunidades de aprendizado e atividades, tornando a ave ativa e constantemente motivada em seu meio. Uma ave triste e frustrada está a meio-passo para tornar-se uma arrancadora de penas.
Agressividade
Se sua ave tornou-se muito agressiva, é porque apresenta sinais de alteração comportamental e é preciso investigar o que está causando essa agressividade exagerada. Um papagaio irritado ou submetido a esforço físico (como falar, por exemplo) abre e fecha as pupilas constantemente, ficando com as pupilas reduzidas a um pontinho apenas. Aves irritadas e dispostas a agredir abrem a cauda, arrepiam as penas da cabeça e pescoço e levantam um dos pés para atacar. Uma reação típica de um papagaio irritado que deseja agredir é atacar com o bico, vocalizar e balançar o corpo para cima e para baixo. São muitas as causas da agressividade:
Ciúmes: os papagaios são monógamos, ou seja, formam casais permanentes. Uma ave solitária pode sentir-se acasalada a uma pessoa da casa, e sentir ciúmes dessa pessoa quando outra pessoa ou animal se aproxima da sua parceira ou parceiro humano. Recomenda-se que o papagaio, ainda jovem, se acostume com todas as pessoas da casa. Quando se pretende receber uma nova ave, um outro animal doméstico ou mesmo um novo morador na casa, os primeiros contatos devem ser feitos num local neutro da casa, ou seja, num local onde o papagaio não se sinta o dono. A pessoa favorita (o parceiro) segurará o papagaio, enquanto o novo morador é apresentado e familiarizado. Só então, o papagaio e o novo morador são levados à área favorita da casa (local onde o papagaio se sente dono). A aproximação a outro animal ou pessoa deve ser feita aos poucos.
Comportamento territorial: a defesa do território é um comportamento natural nos papagaios adultos. Seu território pode ser a gaiola ou um compartimento da casa. Se a ave se considera a dominadora do ambiente, irá defendê-lo.Ameaça: quando um papagaio sente-se ameaçado (seja a ameaça real ou imaginária), irá lutar pela sua sobrevivência, já que não lhe é possível fugir. A ave pode interpretar como ameaça movimentos bruscos, pessoas e animais estranhos, objetos estranhos, perseguição e agressão. Portanto, nunca se deve agredir uma ave como forma de intimidação. Na verdade, isso só irá piorar a situação.
Maturidade sexual: aves maduras sexualmente e em período reprodutivo podem se tornar agressivas. O papagaio pode identificar uma pessoa da casa como seu parceiro e ficar frustrado e agressivo. Se isso acontecer, deve-se procurar evitar contatos físicos que possam estimulá-lo sexualmente. Espelhos devem ser retirados da presença da ave para que ela não confunda sua imagem com a de um parceiro para acasalamento. Caixas-ninho devem ser removidas do viveiro. O ideal seria dar a oportunidade à ave de se reproduzir num viveiro.
Dor: aves com dor evitam o contato e podem agredir durante o manejo.
Técnicas corretivas:
· Mantenha a ave em sua gaiola ou poleiro num nível inferior à cabeça do dono. A gaiola pode ficar na altura do peito das pessoas. Isso evitará que a ave esteja num nível superior e sinta-se dominante sobre as pessoas.
Ignore seu papagaio quando ele tornar-se agressivo. Evite olhar, falar ou interagir com ele enquanto estiver se comportando mal.
Cubra a gaiola por uns 10 minutos para que ele saiba que seu comportamento não é desejado e por isso está sendo privado do convívio com o dono e com outras pessoas da casa.
Gritos e barulho excessivo
A vocalização é um comportamento natural nos psitacídeos e serve para se localizarem no bando. Na natureza essa vocalização é mais intensa ao amanhecer e ao entardecer. Em cativeiro não é desejável essa gritaria, pois perturba o sossego dos moradores e vizinhos. O som alto de eletrodomésticos (aspirador-de-pó, liquidificador, rádio em volume alto, cortador-de-grama, etc.) estimulam os gritos nos psitacídeos. O comportamento agressivo e territorial pode levar a ave a gritar excessivamente. A procura por atenção do dono e a ansiedade e medo pela separação do dono são também causas de gritos barulhentos.
Técnicas corretivas:
Cobrir a gaiola por alguns minutos ou isolar a ave em um recinto da casa.
Ignorar completamente a ave durante o período de gritaria (não olhar, falar ou interagir com a ave).
Eliminar o estímulo ambiental que está desencadeando a gritaria (desligar equipamentos barulhentos, por exemplo).
Fornecer brinquedos, distrações e alimentos que mantenham a ave ocupada e mentalmente ativa.
Desordens Nutricionais
Crescimento retardado

A má nutrição dos filhotes pode ser decorrente da alimentação não balanceada, insuficiência de alimento ou doenças que levem à má nutrição (parasitismo, por exemplo). Filhotes mal nutridos não ganham peso, tornam-se fracos, regurgitam, ficam com alimento parado no papo, apresentam empenação feia (penas com manchas escuras, descoloridas, engorduradas, crescimento retardado das penas, etc.), não "desmamam" na data prevista, desidratam, adoecem por infecções e outras causas e morrem nas primeiras semanas de vida. Filhotes de papagaios necessitam de ração com mais de 20% de proteína, bons níveis de gordura, aminoácidos, vitaminas e minerais. Para o sucesso das criações, recomenda-se rações próprias para filhotes. A criação de filhotes de psitacídeos requer a supervisão de profissional experiente, pois não é uma tarefa fácil criá-los com sucesso.
Doença óssea metabólica
A doença óssea metabólica é resultante principalmente da falta de cálcio e vitamina D ou nível inadequado de cálcio e fósforo na alimentação. Os níveis de cálcio e fósforo na alimentação devem estar equilibrados, sendo adequada a taxa de 1:1 (uma parte de cálcio para uma de fósforo) até 2:1. Aves com doença óssea metabólica podem apresentar raquitismo (filhotes), ossos frágeis e quebradiços que podem dobrar, pernas abertas, fraturas, má formação do bico e dedos tortos. Deformidades ósseas graves podem ser irreversíveis. A prevenção consiste no fornecimento de dieta com níveis adequados desses nutrientes. As rações balanceadas fornecem quantidade adequada de nutrientes e em níveis equilibrados. Para adicionar cálcio à alimentação, forneça osso de siba, encontrado nas pet shops. Casca de ovo cozida e queijo são também fontes de cálcio. As aves precisam de banhos de sol todos os dias para que produzam vitamina D.

Descoloração das penas
A deficiência de nutrientes nas dietas, tais como aminoácidos essenciais (lisina), vitaminas (riboflavina, colina) e outros nutrientes podem levar a alteração na coloração normal das penas.
Síndrome de desnutrição crônica
Ocorre em aves má nutridas (ver alimentação em cativeiro). Percebe-se nas aves uma má aparência da plumagem com penas foscas, com defeitos, quebradas, descoloridas ou com marcas escuras. Outros sinais de desnutrição são magreza, suscetibilidade a infecções, diarréia e doenças respiratórias.
Hipovitaminose A
A deficiência de vitamina-A é comum em aves mantidas com alimentação não balanceada, principalmente aves com dietas a base de sementes e frutas. Os sinais clínicos são sinusite, infecções respiratórias, placas nodulares brancas na cavidade oral (diferenciar de candidíase). O tratamento consiste na aplicação de vitamina A e o uso de ração balanceada para psitacídeos.
Obesidade
A obesidade nas aves caracteriza-se por excessiva gordura abdominal (abdômen distendido) e subcutânea. Dietas ricas em gordura e carboidratos causam a obesidade nas aves. Alimentação à base de girassol (rico em gordura) predispõe o papagaio à obesidade. A prevenção consiste em fornecer ração de baixa caloria, consumo controlado de alimentos e exercícios físicos.
Fígado gorduroso (lipidose hepática)
Resulta da má nutrição e agentes tóxicos no fígado. Dietas com níveis inadequados de proteína, metionina e colina podem levar à doença do fígado gorduroso. Ocorre perda de apetite, regurgitação e depressão.
Aterosclerose
O depósito de colesterol na parede arterial dos vasos do coração é chamada de aterosclerose. Dietas ricas em gordura e obesidade são fatores predisponentes. É um problema relativamente comum em papagaios de estimação.
Deficiência de vitamina K
Sangramento excessivo ou hematomas após traumas leves podem ser resultantes da falta de vitamina K no organismo.
Imunodeficiência
A falta de certos nutrientes pode afetar o sistema imunológico negativamente. Certos nutrientes podem agir como antioxidantes e estimulantes da imunidade nas aves com imunidade reduzida. A vitamina A, beta-carotenos, vitamina-E, e vitamina C são nutrientes que podem ajudar na defesa imunológica do organismo.
Alimentos tóxicos
Alguns alimentos são indesejáveis para os psitacídeos por seus possíveis efeitos tóxicos. Existem relatos de que o abacate possa causar congestão pulmonar e edema subcutâneo com morte da ave. Chocolate pode causar depressão, vômito e diarréia em psitacídeos. A ingestão de sal não é recomendada, podendo ter efeitos tóxicos. Batata frita, chips, verduras salgadas em lata são alimentos ricos em sal e devem ser evitados. Alimentos contaminados com pesticidas não devem ser consumidos por humanos nem por aves de estimação. O café é estimulante e não traz nenhum benefício às aves de estimação. Portanto, não é recomendado às aves. O leite tem o açúcar lactose, que não é digerido no sistema digestivo das aves, podendo causar diarréia. O queijo e yogurte podem ser dados ocasionalmente. Sementes de girassol, amendoim e milho podem estar contaminados com aflatoxinas (toxinas de fungos), que podem causar intoxicação crônica ou a morte imediata. Muitas plantas de jardins contêm princípios tóxicos para os animais e devem ser evitadas.

Problemas Veterinários
Traumas e fraturas

As lesões traumáticas são comuns em aves cativas. Acidentes podem acontecer no ambiente doméstico: pisoteio, queda, atropelamento, agressão por cães e gatos, agressão humana, briga entre as próprias aves, automutilação, eletrocussão, perfuração por arma de fogo, etc. Os traumas podem causar lesões cutâneas, musculares, esqueléticas e de órgãos internos. O prognóstico depende da gravidade da lesão, pronto-atendimento, perda sangüínea e resistência orgânica da ave. Os traumatismos cranianos são sempre graves e requerem assistência veterinária imediata. As fraturas são mais graves quando expostas (pontas dos ossos expostos), se contaminadas, quando houver lesão nos vasos sangüíneos, nervos, articulações e órgãos internos. Conforme a gravidade da fratura e local em que ocorreu no osso, pode ser possível a ossificação somente com uma imobilização externa (tala, bandagem, muleta). Se a fratura for grave e deseja-se uma ossificação perfeita da fratura, pode ser necessária cirurgia com a aplicação de pinos intramedulares ou outras técnicas cirúrgicas ortopédicas. As fraturas de face e bico são graves e podem comprometer a capacidade da ave de se alimentar satisfatoriamente. Fraturas no bico são normalmente de difícil resolução e requerem técnicas especializadas de correção. Em muitos casos, não se consegue a correção completa da anatomia da face. Aves com fraturas e deformidades no bico podem se adaptar à nova condição e passar a alimentar-se satisfatoriamente com o defeito. Para essas aves, pode ser necessário fornecer alimentos amolecidos ou em pedaços que favoreçam a apreensão e ingestão. Luxações podem acontecer após traumas severos.
Ferimentos devem ser tratados corretamente com anti-sépticos tópicos e, se necessário, sutura cirúrgica. Deve-se evitar usar pomadas oleosas, que acabam engordurando as penas, prejudicando o controle da temperatura corpórea e a impermeabilidade das penas. Como a temperatura corpórea nas aves é naturalmente mais elevada, isso acaba funcionando como uma defesa orgânica contra as infecções cutâneas.
Anéis, arames, fios de nylon - qualquer objeto que cause a constrição das patas e dedos - leva à isquemia (falta de circulação sangüínea no membro) e necrose (apodrecimento dos tecidos). Pisos ásperos, poleiros ásperos, poleiros com pontas, espinhos e qualquer superfície cortante ou perfurante favorecem as lesões nas patas e conseqüente evolução para infecção local. A claudicação (manqueira) nem sempre é decorrente de acidentes traumáticos. Pode ocorrer claudicação em casos de miopatia de captura (decorrente de captura incorreta), miopatia nutricional (deficiência de vitamina-E e selênio na alimentação), infecções ósseas ou articulares, raquitismo, gota úrica e neoplasia.
Verminose
As verminoses são comuns e podem causar a morte das aves. Os nematóides (vermes redondos) mais comuns e mais patogênicos para os psitacídeos são o Ascaris e a Capillaria, que parasitam o sistema digestivo (intestino principalmente). Aves com verminose podem não apresentar sinais clínicos (sintomas) se a infestação for baixa. Outras aves apresentam emagrecimento, má absorção do alimento, crescimento retardado nos filhotes, diarréia, fezes escuras e sanguinolentas e morte. Grande quantidade de Ascaris pode causar obstrução do intestino e morte. Tênias de aves também podem ser diagnosticadas nas aves doentes e fracas. O diagnóstico das verminoses é feito pelo exame microscópico de fezes, que deve ser solicitado a um veterinário. A desverminação deve ser feita anualmente ou conforme orientação veterinária. Os vermífugos utilizados são os mesmos usados em humanos e animais domésticos, o que muda é a dose e freqüência da aplicação do vermífugo. A sobredose de anti-helmínticos pode causar intoxicação.
Doenças respiratórias
As infecções respiratórias ocorrem principalmente em papagaios desnutridos e mantidos em regiões frias. A deficiência de vitamina-A e outros nutrientes deixa a mucosa do sistema respiratório mais sensível a infecções por bactérias, fungos, vírus ou protozoários. A fumaça de cigarro e outras fumaças tóxicas predispõem as aves às doenças respiratórias. As infecções podem ser do trato respiratório superior (rinite, sinusite, traqueíte) ou do trato respiratório inferior (bronquite, pneumonia, aerosaculite) ou disseminada (tanto trato respiratório superior como inferior) .
Se a infecção estiver no trato aéreo inferior, consideramos mais grave e é necessário tratamento veterinário imediato. O prognóstico, tempo de tratamento e medicamentos a serem utilizados dependem da gravidade da infecção e do agente envolvido. Infecções por fungos, como a aspergilose, são graves e de difícil cura se estiverem avançadas. A clamidiose (ver zoonoses) é uma doença relativamente comum em psitacídeos e pode causar sinais respiratórios nas aves. Os sintomas das doenças respiratórias incluem perda de apetite, apatia, penas arrepiadas, sonolência, corrimento nasal, espirros, seios nasais (face) inchados, olhos úmidos, mudança da voz, respiração ruidosa, dispnéia (dificuldade em respirar), respiração balançando a cauda, respiração com a boca aberta e perda de penas ao redor dos olhos, face e testa. O tratamento depende do diagnóstico. È incorreto achar que o simples ato de fornecer antibióticos vai resolver o problema. Se a infecção não for bacteriana, o antibiótico não tem utilidade alguma. Além disso, o tipo de antibiótico, a dose e a forma de aplicação deve ser correta, estabelecida por um veterinário. Dar antibióticos na água é perda de tempo, pois normalmente os psitacídeos doentes não bebem água com medicamentos, pois o gosto não é agradável ou eles consomem a água com medicamento em quantidade insuficiente para curar. Aves mantidas corretamente e bem nutridas são mais resistentes às infecções respiratórias.
Aspergilose
A aspergilose é a doença causada pelo fungo Aspergillus sp (principalmente o Aspergillus fumigatus). Este fungo pode aparecer como saprótitas no organismo, ou seja, não fazendo mal algum ao hospedeiro. Mas podem vir a causar doença respiratória fulminante nas aves, principalmente em aves debilitadas e com a imunidade reduzida. A doença pode ser aguda ou crônica. A forma crônica é a mais comum nos papagaios cativos. O fungo desenvolve-se nos pulmões, sacos aéreos e outros órgãos respiratórios, podendo levar à formação de granulomas (massas inflamatórias e necróticas), que podem ser vistos no raio-x. Os sintomas variam, mas podem ser emagrecimento, dispnéia (dificuldade respiratória), taquipnéia (respiração acelerada), prostração, perda de apetite, mudança da voz, diarréia, depressão e sinais nervosos. O diagnóstico é feito por exames clínico e laboratorial.
Domesticação

É fundamental no treinamento ter paciência, ser persistente, conhecer o temperamento do papagaio e nunca usar técnicas violentas. As etapas do treinamento acontecem gradativamente, sendo necessário vários dias ou semanas para se atingir a meta.
Para que seu papagaio amanse e seja possível tê-lo em suas mãos ou ombros, será necessário treinamento correto e muita paciência. Conhecer a ave que se tem é muito importante. Quando se cria um papagaio desde filhote, ele crescerá acostumado às pessoas. Porém se você ganhou uma ave adulta, precisará ganhar sua confiança e domesticá-la. A primeira coisa a fazer é observar seu comportamento atentamente durante dias. Filhotes se adaptam mais facilmente às pessoas. O papagaio vive muitos anos, tanto quanto um homem, e pode ter sofrido maus tratos durante sua vida, tornando-se agressivo. O fato de estar amedrontado também pode torná-lo defensivo.
A primeira dica é ser paciente. Não se deve querer ter o papagaio na mão já no primeiro dia ou na primeira semana. É preciso que ele primeiro se acostume ao novo lar e com as pessoas. Depois será necessário ganhar sua confiança e para isso é fundamental que você tenha tempo disponível para a ave, todos os dias. Lembre-se que são aves inteligentes. Inicialmente aproxime-se apenas da gaiola ou do poleiro-T e converse com ela, dizendo palavras de forma carinhosa. A entonação da voz e a forma gentil que você o trata será percebida. Se você sentir que está próximo demais e ela está nervosa, recue alguns passos. Aos poucos, você estará ao lado do seu papagaio sem que isso o aborreça. Ao aproximar-se, forneça alimentos que ele goste. Quando a ave estiver confiante e adaptada a você, ofereça alimentos gostosos e faça com que ela venha buscar na sua mão. Após ganhar a confiança da ave - isso pode levar semanas ou meses - você passará para as etapa seguinte que é manter contato físico.Inicialmente faça com que a ave suba num poleiro (cabo de vassoura). Não faça gestos bruscos que a faça sentir ameaçada. Quando você aproximar o poleiro ao peito da ave, ela tenderá a agarrá-lo, subindo no poleiro. Daí é só repetir o procedimento algumas vezes. Passeie com ele pela casa para que se acostume e mantenha o equilíbrio. Ótimo, agora o papagaio fica num poleiro na sua mão.
A etapa seguinte é aproximar sua mão lentamente (porém, sem demonstrar medo) para acariciá-lo na cabeça. Aproxime a mão lateralmente de forma que o papagaio veja o que você está fazendo. Repita esse procedimento até você se sentir confortável e conseguir acariciá-lo. Quando o papagaio permitir o contato e estiver confiante em você, não será difícil colocá-lo no seu braço. Nesse estágio, deve-se ter cuidado para o risco de bicadas, que são doloridas. Já vi casos de pessoas que arremessaram seus papagaios contra a parede ou contra o chão ao serem bicadas. Ao tentar colocar o papagaio na mão, deve-se ter em mente, que se ele bicar, não devemos reagir violentamente, pois isso prejudicaria todo o treinamento, criando ainda mais medo na ave ou pior ainda, seu amigo empenado acabaria numa clínica veterinária.
Finalmente, você conseguiu que seu papagaio subisse na sua mão e ficasse feliz com você. Parabéns! Você teve sucesso na domesticação. O papagaio pode ser colocado no ombro, se você preferir, mas fique atento, pois pode acontecer dele se irritar com algo ou com alguém e dar uma bicada dolorida na orelha do dono. É importante conhecer os sinais de agressividade em um papagaio (ver agressividade).Reprodução

O papagaio atinge a maturidade sexual com quatro a seis anos. O período de incubação varia de 24 a 28 dias. Fazem postura de três a quatro ovos. Para reprodução é melhor mantê-los em casais. É preciso fazer a sexagem das aves reprodutoras (ver identificação do sexo e idade). Na natureza fazem ninho em ocos de árvores e outras aberturas. Em cativeiro utiliza-se ninho tipo caixa de madeira. Os filhotes nascem nus e dependem completamente dos cuidados dos pais. A alimentação dos filhotes é feita artificialmente com papinha própria para filhotes
Como adquirir um papagaio

A aquisição de um animal silvestre é possível desde que venha de criadouros registrados no IBAMA. Não adquira papagaios oriundos do tráfico, pois além de ser um ato ilegal, você estará contribuindo para a redução das populações de aves na natureza, levando-as à extinção. Estima-se que de cada 10 aves retiradas da natureza, apenas uma sobreviva. Papagaios oriundos de criadouros registrados podem ser mais caros, mas são aves legais, mansas e oferecem menos risco de transmissão de doenças ao homem (zoonoses). Para obter mais informações sobre a gestão da fauna silvestre procure o Núcleo de Fauna na Gerência Executiva do IBAMA em seu estado ou entre em contato com a Coordenação Geral de Fauna-CGFAU, em Brasília. Abaixo a lista dos telefones das principais unidades do Ibama nos estados:
Acre: (0xx68) 226-3212Alagoas: (0xx82) 241-1600Amapá: (0xx96) 214-1100Amazonas: (0xx92) 613-3277Bahia: (0xx71) 345-7322Ceará: (0xx85) 272-1600Brasília: (0xx61) 316-1172Espírito Santo: (0xx27)324-1811Goiás: (0xx62) 224-2488Maranhão: (0xx98) 231-3010Mato Grosso: (0xx65) 644-1452Mato Grosso do Sul: (0xx67) 728-1802Minas Gerais: (0xx31) 299-0740Pará: (0xx91)224-5899
Paraíba: (0xx83) 245-2551Paraná: (0xx41) 322-5125Pernambuco: (0xx81)441-5075Piauí: (0xx86)233-3369Rio de Janeiro: (0xx21)506-1802Rio Grande do Norte: (0xx84) 201-4335Rio Grande do Sul: (0xx51)226-0002Rondônia: (0xx69) 223-3597Roraima: (0xx95) 623-9513Santa Catarina: (0xx48) 234-0021Sergipe: (0xx79) 211-1573Tocantins: (0xx63) 215-3879Coordenação Geral de Fauna-Brasília/DF (0xx61) 3161165, 3151170, 316-1215, 3161171 ou 3161297
O IBAMA conta com a sua colaboração!Ajude o Brasil a dizer não ao tráfico de animais silvestres. Se decidir ter um animal silvestre como animal de estimação, não compre animais de criadouros ilegais e não adquira animais provenientes do tráfico e do comércio clandestino.
Portaria nº 117 de 15 de Outubro de 1997 do IBAMA, sobreCompra e Venda de Animais Silvestres.
Art. 13 - A pessoa física ou jurídica que intencione comprar animais da fauna silvestre brasileira de criadouro comercial ou comerciante registrado no IBAMA, com objetivo de mantê-los como animais de estimação, não necessitará de registro junto ao IBAMA.§ 1º - O vendedor deverá manter um cadastro, constando o nome do comprador, CPF, endereço de residência, endereço onde os animais serão alojados e telefone/fax de contato.§ 2º - O criadouro, comerciante ou importador deverá fornecer aos compradores de animais de estimação um texto com orientações básicas sobre a biologia da espécie (alimentação, fornecimento de água, abrigo, exercício, repouso, possíveis doenças, aspectos sanitários das instalações, cuidados de trato e manejo) e, sobretudo, a recomendação da não soltura ou devolução dos animais à natureza, sem o prévio consentimento da área técnica do IBAMA.§ 3º - A manutenção dos animais da fauna silvestre brasileira em cativeiro somente terá reconhecimento legal se o seu proprietário possuir Nota Fiscal de compra.§ 4º - O particular que adquirir animais poderá cedê-los ou revendê-los a outrem mediante Termo de Transferência, conforme modelo constante no Anexo II da presente Portaria, acompanhado da via original da Nota Fiscal.

Legislação e Ética

Os animais silvestres são protegidos pela legislação brasileira, ficando o infrator sujeito à lei de crimes ambientais (Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998). A posse de papagaios da fauna brasileira e de animais selvagens exóticos é possível desde que oriunda de criadouros autorizados pelo IBAMA e com a devida documentação de origem. Os proprietários de animais silvestres de origem não comprovada estão sujeitos às penalidades da Lei.
A ética para a conservação da fauna e flora deve ser uma preocupação de todos, principalmente daqueles que desejam adquirir ou manter uma ave silvestre em casa. Além do aspecto legal, o proprietário de uma ave silvestre tem a responsabilidade de zelar pelo bem-estar e saúde do animal por muitas décadas. A reprodução é uma necessidade fisiológica dos seres vivos e também precisa ser considerada ao adquirir uma ave silvestre. Na natureza, o papagaio vive em bandos e em casais na época reprodutiva. Manter aves solitárias em cativeiro é contrário ao instinto e necessidade da espécie. Uma ave solitária (ave de estimação) irá reconhecer seu dono e as pessoas da casa com membros do seu bando.
Nunca compre aves silvestres originárias do tráfico ou de origem não documentada, pois isso incentivará a retirada de filhotes e mesmo aves adultas da natureza. A maioria das aves capturadas acaba morrendo antes de chegar às residências.
Lei 9605/98 - Crimes Ambientais - ComentáriosOs animaisMatar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar "animais silvestres, nativos ou em rota migratória" (Art.29). Pena: prisão, de 6 a 12 meses, e multa.
"Animais silvestres, nativos ou em rota migratória" são animais normalmente encontrados em ambientes naturais, típicos da fauna brasileira ou os que utilizam regiões do território brasileiro para se locomoverem entre diferentes áreas, fugindo do inverno rigoroso ou para fins de reprodução da espécie. Vender, adquirir, aprisionar ou transportar animais silvestres, nativos ou em rota migratória sem permissão da autoridade competente. Art. (29 §1º, III)Pena: prisão, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Praticar maus tratos e ferir animais. (Art. 32) Pena: prisão, de três meses a 1 ano, e multa.
Matar animais da fauna silvestre continua sendo crime, entretanto a Lei não pune quem matar animais para saciar sua fome ou de sua família.Pescar em período de defeso ou em lugares proibidos por órgãos competentes. (Art. 34)Pena: prisão de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas.
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.CAPíTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTESEÇÃO I - Dos Crimes contra a Fauna
Art 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas: I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizadas ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
§ 3º São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; II - em período proibido à caça; III - durante a noite; IV - com abuso de licença; V - em unidade de conservação; VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional; § 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. Art 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Art 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
DECRETO No 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999.Das Sanções Aplicáveis às Infrações Contra a Fauna
Art. 11. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes dafauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devidapermissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou emdesacordo com a obtida:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade com acréscimopor exemplar excedente de:
I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécieconstante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada deextinção e do Anexo I do Comércio Internacional das Espécies daFlora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES; e
II - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécieconstante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada deextinção e do Anexo II da CITES.
§ 1o Incorre nas mesmas multas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorizaçãoou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo oucriadouro natural; ou
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, temem cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ouespécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bemcomo produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadourosnão autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorizaçãoda autoridade competente.
§ 2o No caso de guarda doméstica de espécime silvestre nãoconsiderada ameaçada de extinção, pode a autoridade competente, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a multa, nostermos do § 2o do art. 29 da Lei No. 9.605, de 1998.
§ 3o No caso de guarda de espécime silvestre, deve a autoridadecompetente deixar de aplicar as sanções previstas neste Decreto, quando o agente espontaneamente entregar os animais ao órgãoambiental competente.
§ 4o São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentesàs espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas outerrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vidaocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou em águasjurisdicionais brasileiras